Diversos estabelecimentos controlados pela milícia foram alvo da força-tarefaDivulgação

Rio - Uma megaoperação da Polícia Civil contra o braço financeiro da milícia, na Zona Oeste do Rio, prendeu 16 pessoas nesta terça-feira (16). O objetivo era asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, explorados pela organização criminosa. Também foram apreendidos fuzis e pistolas, munições, carregadores e coletes balísticos. Dentre os presos está Fagner Penha da Silva, conhecido como Artilheiro, responsável por realizar cobranças de dívidas e homicídios de inadimplentes na época que a região era dominada por Wellington da Silva Braga, o Ecko.
Agentes da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD) prenderam 6 milicianos e interditaram estabelecimentos de venda irregular de gás e provedores clandestinos de internet. Em Campo Grande, um homem foi preso em flagrante por controlar uma farmácia utilizada pela milícia.
Durante as diligências, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) impediu a execução de uma vítima na comunidade Jesuítas, em frente à casa do criminoso Danilo Dias Lima, o Tandera, que trava uma guerra pelo domínio do território. Ela estava amarrada e prestes a ser queimada viva. Galões de combustível que seriam utilizados no homicídio foram apreendidos. Ao notarem a aproximação dos policiais, os criminosos conseguiram fugir.
Entre os crimes investigados pela força-tarefa estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia; cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia; instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet); armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água; empresas de GNV ilegais; parcelamento irregular de solo urbano; exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais; comercialização de produtos falsificados; contrabando; descaminho; transporte alternativo irregular; estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.

A ação desta terça ocorre após investigações das unidades do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) - Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD); Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM); Delegacia do Consumidor (Decon); Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e Divisão de Capturas da Polícia Interestadual (DC-Polinter), DESARME, DRFC, DRF, DELFAZ, DRE e da DRACO, com apoio de informações do Disque-Denúncia.