Júlio acusa PMs de racismoReprodução da internet
Agente do Segurança Presente nega racismo em abordagem de influenciador
Jovem negro foi abordado quando saía de loja de roupas no Centro do Rio. Policial desconfiou de volume em sua cintura
Rio - O policial do programa Segurança Presente acusado de racismo pelo influenciador digital negro, Júlio de Sá, durante uma abordagem no último dia 18, no Centro do Rio, negou, em depoimento na 5ª DP (Centro), que tenha abordado o jovem baseado em preconceito. Júlio foi parado pelos agentes do Centro Presente quando saía de uma loja de roupas na Rua da Quitanda e fez uma transmissão ao vivo do momento em suas redes sociais.
Em publicações, o influenciador afirmou que os policiais alegaram que ele havia entrado e saído do estabelecimento muito rápido e que notaram um volume em sua cintura. De acordo com o delegado titular da distrital, Bruno Gilaberte, o policial confirmou que teve a impressão de ver algo na cintura do jovem e, por conta dos frequentes roubos na região, desconfiou de Júlio.
"Alegou que a motivação (para a abordagem) foi outra. De acordo com ele, Júlio teria entrado rápido na loja ao ver a guarnição, saindo logo depois. O policial teve a impressão de ver algo na cintura do Júlio e, como na região existem vários roubos, desconfiou, abordando-o", explicou o delegado.
Nada foi constatado contra o influenciador. Na ocasião, o programa Segurança Presente afirmou que os agentes suspeitaram de Júlio, que teria mostrado insatisfação com a aproximação e pareceu querer se desvencilhar dos policiais, entrando na loja. O programa também ressaltou que as abordagens dos agentes não são pautadas por cor da pele, orientação sexual, religiosa, de gênero ou qualquer fator pessoal, mas a partir de denúncias ou comportamentos que podem representar algum risco à coletividade.
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