Elias de Lima Oliveira morreu em uma ação da PM no Morro do PalácioFoto: Reprodução / Facebook

Rio - Amigos e familiares de Elias Lima, de 24 anos, realizaram um protesto em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, nesta sexta-feira. O entregador foi morto com um tiro no rosto durante uma abordagem policial na tarde da última quarta-feira (24), no Morro do Palácio, também em Niterói. Durante o ato, manifestantes percorreram as ruas da região com cartazes e faixas pedindo justiça. Eles acusam a polícia pelo crime. O entregador, que deixa esposa e uma filha, foi sepultado no Cemitério do Maruí na quinta-feira (25).
Segundo parentes da vítima, PMs que participaram da ação que matou o rapaz teriam debochado dos parentes da vítima. "Não basta a dor da família, não é só a comunidade, não. Além do sangue do meu irmão está clamando por justiça, a comunidade está chorando", disse Leonardo Oliveira, irmão de Elias.
Leonardo também questionou a entrada da polícia no morro. "Mais uma família foi destruída. Isso não é atitude de polícia, pegar carro particular e subir no morro e matar morador. Isso é atitude de bandido, de miliciano", desabafou. Em um vídeo, ele mostra o local onde Elias foi baleado e diz que uma moradora chegou a ouvir os gritos do rapaz com a mão na cabeça.
A morte de Elias é investigada pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo. A Polícia Civil segue ouvindo testemunhas, inclusive os policiais que participaram da incursão. O objetivo é colher o máximo de informações para elucidar o caso.
Em nota, a Polícia Militar informou, na noite desta quinta-feira, que afastou das rua os policiais envolvidos na ação que terminou com a morte do entregador. Segundo a PM, a equipe policial está realizando serviços internos na unidade. Um inquérito foi instaurado pelo 12º BPM (Niterói) para averiguar as circunstâncias da ocorrência, além da investigação a cargo da Polícia Civil.