Ponto de ônibus da linha 607, em CascaduraReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Rio - Está marcada para esta quarta-feira (1º), às 14h, uma nova rodada de negociação entre o Sindicato dos Rodoviários, as empresas de ônibus e a Prefeitura do Rio. O encontro no Ministério Público do Trabalho (MPT) tem como pauta o pedido do sindicato pelo direito de realizar greve. Uma assembleia estava prevista para a madrugada de segunda-feira (29), mas foi impedida por uma decisão liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, o pleito da categoria é o reajuste salarial, que não é oferecido há dois anos, e um aumento também na cesta básica. Na audiência de conciliação no TRT, na terça-feira (30), não houve acordo. "A situação dos trabalhadores rodoviários, que já era ruim, ficou péssima. Os patrões não apresentaram nenhuma proposta e o tribunal manteve a liminar concedida, que impede o sindicato de realizar assembleias. A categoria, que está desde setembro buscando apenas a reposição da inflação do período de 2019 e 2021, e um reajuste para R$ 500 da cesta básica, ficou sem poder se manifestar", afirmou José.
"Neste momento, a categoria tem o não dos patrões e o não do Judiciario. Nossa expectativa se resume a essa audiência no MPT, a fim de ver se os patrões apresentam alguma proposta para discutirmos", completou o presidente.
Em contrapartida, o Rio Ônibus, o sindicato das empresas de ônibus, pede que os rodoviários não façam greve. Segundo o porta-voz Paulo Valente, uma paralisação pode 'determinar o encerramento' de algumas empresas que já enfrentam problemas financeiros.
"Estamos buscando soluções com sindicatos, Ministério Público do Trabalho e prefeitura para que possamos superar essa crise no setor", afirmou Valente.