Para unificar o trabalho com outras delegacias, a Draco saiu do Prédio da Central para a Cidade da Polícia Marcos Porto / Agência O Dia
Delegacia especializada de combate à milícia tem novo titular
Objetivo é investigar os criminosos conhecidos como Zinho e Tandera, que disputam territórios e a exploração de negócios irregulares na cidade
Rio - A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco), que tem como objetivo combater a prática criminosa da milícia, tem um novo delegado titular. O escolhido para substituir William de Medeiros Pena, foi Thiago Neves Bezerra. De acordo com a Polícia Civil, Thiago trabalhava no combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro e depois foi para a Subsecretaria de Inteligência da instituição.
Ainda segundo a Polícia Civil, William Pena saiu da Draco por vontade própria. A expectativa é que mais para frente ele assuma alguma posição no Governo do Estado, porém, ainda não há nada concreto.
Thiago, o novo delegado da especializada, era diretor do Departamento Geral de Integração Operacional em Ações de Inteligência (DGIOAI). Agora, Neves tem como missão investigar os criminosos conhecidos como Zinho e Tandera, rivais que disputam territórios e a exploração de negócios irregulares na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.
Zinho, Luis Antônio da Silva Braga, é irmão do miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em 12 de junho deste ano. Antes de morrer, ele era considerado o chefe da maior milícia do Rio de Janeiro.
Já Danilo Dias Lima, o Tandera, é um dos milicianos mais procurados do estado. Ele era o principal rival de Ecko e está foragido da Justiça desde novembro de 2016, quando saiu na evasão da Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte.
Investigações da Draco revelaram que a organização criminosa liderada por Tandera tem como principais fontes de renda a exploração de comerciantes, por meio da cobrança da taxa de segurança, monopólio da distribuição de cigarros contrabandeados, exploração da distribuição clandestina de TV a cabo e comercialização de botijões de gás, entre outros crimes.
A recompensa por informações que possam chegar até o miliciano, no Portal dos Procurados, é de R$ 5 mil.
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