Eduardo Paes confirma réveillon com dez pontos de queima de fogos na cidade do RioReprodução

Rio - O Réveillon na cidade do Rio terá dez pontos de queimas de fogos espalhados pela cidade e não haverá palcos com show ao vivo. Apenas Copacabana terá sonorização, com 25 torres de som espalhados pelas praia. Ônibus fretados de outros estados ou cidades serão proibidos de acessar Copacabana às 19h do dia 30 de dezembro. As medidas foram anunciadas pelo prefeito Eduardo Paes, em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, no Centro de Operações Rio.
Os locais com queima de fogos serão Copacabana, Flamengo, Piscinão de Ramos, Ilha do Governador, Igreja da Penha, Parque Madureira, Bangu, Praia de Sepetiba, Recreio e Barra da Tijuca.
"Vai ter aglomeração sim na praia na Copacabana. Podem preparar a foto. Mas isso não é problema. As praias estão liberadas. Haverá sol neste fim de semana e as praias estarão cheias. O comitê científico que me assessora diz que isso não é um problema. A praia é um lugar aberto e não oferece muito risco", disse Eduardo Paes.

Como medidas restritivas, além da proibição de shows ao vivo, a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, afirmou que não haverá reforço na frota de ônibus no Réveillon. "A partir das 20h do dia 31 os ônibus que passam por Copacabana seguirão somente até Botafogo, Lagoa e Ipanema. Não haverá terminais extra, a frota será regular, sem reforço" disse a secretária.
Eduardo Paes disse que também não haverá esquema de reforço no metrô. "Vamos conversar com o governador Cláudio Castro, mas é praticamente certo que não haverá metrô. Então, não vamos ter ônibus nem metrô. Quem quiser ir a Copacabana, terá que ir a pé. Não vai haver transporte público para o retorno pra casa", disse o prefeito.

Ainda na área de transportes, o presidente da CET-Rio Joaquim Diniz, disse que haverá bloqueio no Rio para ônibus fretados de outras cidades ou estados: "A fiscalização será feita pela PM e pelo Detro. Se vierem, os ônibus serão bloqueados".
O bloqueio de acesso em Copacabana será a partir das 19h do dia 31 de dezembro. Após o horário, só poderão entrar no bairro moradores, hóspedes de hotéis e trabalhadores, mediante comprovação e com tolerância de acesso até às 22h. Não será exigido comprovantes de vacinação para entrar em Copacabana.

"Não há necessidade. Temos uma taxa de vacinação altíssima e já exigimos o passaporte em hotéis, bares e restaurantes. Isso continua valendo", disse o prefeito.

"Nosso desejo é que não haja tanta concentração de pessoas em Copacabana, por isso espalhamos a queima de fogos para outros pontos da cidade. De qualquer lugar do Rio vai ser possível olhar para o céu e ver os fogos. Pedimos às pessoas que frequentem os espaços mais próximos às suas casas", acrescentou o prefeito.
Durante a coletiva, o prefeito convocou turistas a irem para o Réveillon da cidade. "Venham para o Rio. As medidas restritivas são baixas, as casas de show, as rodas de samba, os shoppings estão funcionando. Só pedimos que venham aqueles que se vacinaram. Venham e tomem a vacina aqui", disse o prefeito, que adiantou que haverá vacinação contra a covid-19 na Praia de Copacabana durante o Réveillon. "Quem não tomou a vacina vai poder tomar na virada do ano", disse Paes, que não deu mais detalhes sobre como se dará a imunização.
Também presente à coletiva, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse que as 100 mil vacinas da gripe que chegaram ontem ao Rio serão aplicadas em 48 horas. "No sábado, receberemos mais 400 mil doses doadas pelo Butantan", confirmou o secretário.
Programação ainda poderá ser cancelada
Eduardo Paes afirmou que pode retroceder e cancelar a programação anunciada nesta quinta-feira caso surja uma nova orientação do comitê científico para o cancelamento dos eventos de fim de ano. "Se os especialistas disseram para cancelar, nós vamos cancelar. Com o cenário deste momento, garantimos que haverá segurança. Estamos fazendo tudo aquilo que a ciência tem determinado. Estamos anunciando uma festa de Réveillon simplificada, embasados pelo comitê científico", explicou.