Novo coronavírus Reprodução

Rio - Por causa da instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não pode atualizar o Painel de monitoramento da Covid-19 nesta segunda-feira. Em nota, a SES explicou que os sites do MS são as fontes de dados sobre número de casos e óbitos provocados pela doença. 
"Embora os dados não tenham sido atualizados, a SES acompanha um conjunto de indicadores precoces, como atendimento em UPAS, solicitações de leito para Covid-19 e o número de pessoas na fila de espera, que não dependem das plataformas do MS", afirmou.
Neste momento, o cenário epidemiológico do Rio de Janeiro continua estável. No período de 21 de novembro a 12 de dezembro, os laboratórios da Fiocruz registraram a taxa de positividade de 0,46% da covid-19. As amostras são coletadas nos municípios das regiões metropolitanas I e II. Nas demais regiões do estado, o Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen) geraram a taxa de positividade de 2,6%.
A instabilidade nos sistemas do Ministério da Saúde começou nesta segunda-feira, 13. Na madrugada de segunda-feira, funcionários da pasta ficaram sem acesso ao e-mail corporativo, a rede de telefonia e a intranet. Segundo o portal R7, os servidores foram surpreendidos com o bloqueio do sistema e não conseguiram acessar sequer os usuários dos computadores para atualizar informações sobre a pandemia da covid-19, atender a demanda dos estados e avaliar informações de saúde em geral.
Gripe no Rio
A Secretaria de Estado de Saúde informou que, este ano, foram registrados cinco óbitos por H3N2, subtipo do vírus da gripe, em território fluminense. Em 2020, foi notificado um óbito causado por este subtipo e, em 2019, dois óbitos. Já o vírus da gripe suína (H1N1) causou 63 mortes registradas pelo estado em 2019.
O médico pneumologista, Hermano de Castro, pesquisador titular da Fiocruz e ex-diretor da Escola Nacional de Saúde Pública, explica que a explosão de casos é uma especificidade do vírus, que é do subgrupo Darwin, uma cepa, segundo ele, mais resistente. O especialista conta que no Brasil, são esperadas entre 800 a mil mortes por ano causadas pela doença.