Fabrício Alves de Souza, 26 anos, foi baleado e morto durante confronto entre criminosos e a Polícia MilitarDivulgação

Rio - Após a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) abrir inquérito para apurar as causas da morte de Fabrício Alves de Souza, 26, no Complexo da Pedreira, em Barros Filho, na manhã desta terça-feira, testemunhas ouvidas pelo 'RJ2' revelaram que o ajudante de pedreiro Fabrício Souza teria identificado aos policiais como morador da região antes de ser baleado. 
Outras testemunhas estão sendo ouvidas e a investigação está em andamento. A Polícia Militar também está apurando as circunstâncias do ocorrido e afirmou que vai colaborar integralmente com as investigações da DHC. De acordo com o porta-voz da PM, Major Ivan Blaz, Fabrício não tinha antecedentes criminais.
Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte do pintor e negaram que ele tivesse envolvimento com o tráfico de drogas da região ou estivesse participando do confronto entre criminosos e policiais do 41º BPM (Irajá). Um amigo de Fabrício disse ao DIA que ele estava a caminho do trabalho quando foi baleado. "Conhecia ele desde pequeno, era trabalhador sim. Essa covardia que fizeram com ele, ele estava indo trabalhar e tiraram a vida de um trabalhador".
"Vai com Deus meu amigo e irmão. Que Deus possa te receber de braços abertos. Essa fatalidade e covardia que fizeram com você, mais uma família destruída por conta desses vermes que entram na comunidade para fazer famílias chorarem com a perda dos seus entes queridos", escreveu um outro amigo da vítima.
Fabrício Alves foi baleado e morto na manhã desta terça-feira, no Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio, após uma intensa troca de tiros entre criminosos da região e policiais do 41º BPM (Irajá).  O tiro atravessou o braço e atingiu o tórax da vítima. Algumas pessoas que passavam pelo local socorreram o baleado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Costa Barros. No entanto, de acordo com a direção do pronto-socorro, o paciente deu entrada na unidade já em óbito.
Moradores chegaram a realizar um protesto em uma das vias que dá acesso à comunidade. Um grupo ateou fogo em objetos e bloquearam ruas. Segundo a PM, na noite da última segunda-feira (20), equipes do 41º BPM (Irajá) estavam baseadas na Rua Mogiqui, em Costa Barros, quando foram atacadas por disparos de arma realizados por criminosos da Comunidade da Quitanda, no Complexo da Pedreira. Diante do ataque, o comando da Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) desencadeou nesta terça-feira uma ação para reprimir o crime organizado no complexo, visando a apreensão de armas de guerra e a prisão de criminosos em flagrante e foragidos da Justiça.
Fabrício deixa esposa e dois filhos. O corpo dele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Ainda não há informações sobre o horário e local do enterro do jovem.