Diana, de 21 anos, estava à espera da segunda filhaReprodução/TV Globo
Na ficha de atendimento de Diana, a prioridade foi classificada como 'pouco urgente'. O bebê morreu cerca de dez minutos após o nascimento. No atestado de óbito, a causa da morte foi identificada como "asfixia, sofrimento fetal e provável sepse". Para a família, o equivocado atendimento causou mecônio (as primeiras fezes do bebê).
"A pediatra falou para minha irmã que se tivesse sido minutos antes, a neném estava viva", lembrou Jéssica.
Diana permaneceu internada na enfermaria do Hospital da Mãe para se recuperar, mas começou a sentir enjoo e dificuldade para respirar. No dia seguinte ao parto, foi transferida para o Hospital da Mulher, em São João de Meriti, mas não resistiu.
“Há um indício mínimo de pelo menos negligência e imperícia para toda família”, afirmou o advogado Carlos Borges, que representa a família.
O enxoval de Isabella estava pronto. A ideia agora é doar tudo.
“Eu não consigo nem entrar dentro do quarto, está sendo muito difícil”, disse o viúvo, Jonathan Serra. “Só queria que tivesse justiça, para não ter que se repetir com outras famílias.”
O que dizem as autoridades
O Hospital Estadual da Mãe disse que abriu uma sindicância imediatamente após a morte para apurar o que aconteceu, e que o procedimento ainda não foi concluído. A direção da unidade lamenta as mortes e se solidariza com a família.
O Hospital Estadual da Mulher disse que a paciente chegou à unidade com complicações pós-parto sem sinal de sepse, mas que um dia depois apresentou falta de ar e, mesmo com todos os cuidados, não resistiu.
A Secretaria Estadual de Saúde disse que está acompanhando a sindicância aberta pelo Hospital da Mãe.
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