Com o aumento na oferta de testagem, aumentou também o número de casos. No início da semana, a prefeitura inaugurou um posto de testagem no Ciep Doutor Antoine Magarinos Torres Filho, na TijucaMarcos Porto/Agencia O Dia

Rio - A cidade do Rio tem atualmente 285 pessoas internadas por covid-19 na rede pública, e outras 33 aguardando vaga. A taxa de ocupação de leitos está em 54%. O número tem aumentado diariamente: na última quarta-feira (12) eram 252 pacientes, 92 em UTIs e 160 em enfermaria. Os números não eram tão altos desde a primeira quinzena de outubro de 2021.
Apesar de a cidade ter alcançado patamares iguais aos de meses atrás, há uma diferença relevante no cenário epidemiológico: no dia 11 de outubro, por exemplo, haviam 111 pacientes em leitos de enfermaria e 192 em UTIs - a maioria, portanto, era de casos muito graves, tendência que se manteve durante todo aquele período. Agora, o cenário inverteu. No dia 12 de janeiro, quarta-feira, 160 estavam em enfermaria e 92 em UTIs. O dado pode estar associado ao novo perfil da variante Ômicron, que segundo os especialistas tem transmissão veloz, mas aparenta ser menos letal.
"Ela é uma variante que se dissemina muito mais rápido do que as demais variantes. Isso aconteceu nos principais países e cidades do mundo. Foi muito rápida a disseminação na África do Sul, na Europa, nos Estados Unidos, e aqui no Rio não está sendo diferente. Mas a gente tem uma situação muito mais leve, por ela ser diferente das demais variantes. Então, os sintomas são uma dor de garganta, dor de cabeça, um pouco de congestão nasal. É raro você encontrar um caso grave em pessoas vacinadas", comentou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, na última quarta-feira (12).
Os casos graves não crescem na mesma proporção dos casos leves, e especialistas apontam a vacinação como o principal motivador para que a Ômicron tenha sintomas mais brandos. A cidade do Rio registrou 11.943 novos casos em 24h, nesta quinta-feira (13), o maior número desde o início da pandemia.
De todos os internados atualmente na rede pública do Rio, 4,6% são por covid. Com o aumento também das hospitalizações, a Secretaria Municipal de Saúde já reabriu, no início da semana, 50 leitos no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que serviu de referência para o tratamento da covid-19. A ideia da prefeitura é reabrir 30 leitos por dia, enquanto os números indicarem tendência de alta.