Roberto JeffersonValter Campanato/Agência Brasil

Rio - O ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, deixou o Complexo Prisional de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, durante a madrugada desta terça-feira, após prisão domiciliar ser aprovada. A decisão foi do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a defesa, Jefferson foi para sua casa em Comendador Levy Gasparian, na Costa Verde.
"A defesa de Roberto Jefferson por ora fica satisfeita. Ele terá oportunidade de se tratar de forma adequada, estar junto com seus entes queridos, e é o primeiro passo para o fim da única prisão de um preso político no país", diz a nota divulgada pelo advogado Luís Gustavo Pereira da Cunha.
Com covid-19 pela segunda vez e outras complicações de saúde, a defesa do ex-deputado argumentou que o cliente sofria risco de vida na prisão preventiva.
No despacho, o ministro Alexandre Moraes afirmou que Roberto Jefferson rejeitou a vacina e foi infectado pela covid no presídio. Apesar de liberar a prisão domiciliar, Moraes, estabeleceu algumas medidas que o ex-deputado deverá cumprir: usar tornozeleira eletrônica, se apresentar à Justiça periodicamente e não se comunicar com outros investigados. O ex-parlamentar também está proibido de sair de casa à noite, não poderá receber visitas sem autorização judicial, também não poderá dar entrevistas, salvo com autorização judicial e não poderá participar de redes sociais.
Roberto Jefferson foi preso em agosto a pedido da Polícia Federal e denunciado ao Supremo pela Procuradoria Geral da República com base no inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia.