Sepultamento de Sandro Santos teve salva de tiros dos colegasFabio Costa

Rio - Centenas de pessoas compareceram na tarde desta quinta-feira (27) ao cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio, para o velório e sepultamento do policial militar Sandro Santos da Silva. O soldado foi morto na quarta-feira (26) após ser baleado no tórax durante confronto com criminosos na Avenida Brasil, altura do Parque União. 
Colegas de farda, familiares e amigos participaram da cerimônia, que teve honras como salva de tiros por parte dos militares e bandeira do Brasil sobre o caixão. O secretário da Polícia Militar, Coronel Luiz Henrique Marinho Pires, compareceu e disse que Sandro estava era recém-formado e estava havia cinco meses no batalhão. Pires afirmou que a PM colhe informações para prender criminosos que provocaram a morte.
"Nós já temos um trabalho feito pelo nosso setor de inteligência, algumas informações, estamos monitorando para futuramente a gente prender esses elementos. Estamos trabalhando desde a hora que aconteceu na busca de dados", afirmou o secretário. O coronel classificou como "triste, lamentável e doloroso" o episódio da morte do soldado. "Mais um que a gente enterra trabalhando, garantindo a segurança da sociedade", acrescentou.
O secretário afirmou que a morte de Sandro Santos da Silva foi uma enorme perda. "Era um policial muito querido, muito dedicado, muito trabalhador. Pra gente é uma enorme perda. Muito triste", lamentou durante o enterro.
Parentes e amigos se emocionaram durante a solenidade.
Sandro tinha 30 anos e era lotado no 22º BPM (Maré). O soldado chegou a ser socorrido ao Hospital Federal de Bonsucesso, passou por um procedimento cirúrgico no tórax, mas não resistiu aos ferimentos. O comando do 22ºBPM afirmou estar prestando toda a assistência aos familiares. A Polícia Militar disse lamentar profundamente a morte do soldado.
Segundo a PM, nesta quarta-feira, equipe do 22º BPM (Maré) foi atacada a tiros durante uma tentativa de abordagem a um veículo que trafegava em atitude suspeita na Avenida Brasil, nas imediações do Parque União, no Complexo da Maré. Os criminosos abandonaram o veículo onde estavam e fugiram.
Um pedestre, identificado como Klinsmann Bravo, de 20 anos, também ficou ferido com um tiro na perna enquanto atravessava a passarela 10 da via expressa. Segundo a direção do hospital, ele já foi atendido e recebeu alta.
A ocorrência foi encaminhada para a 21ªDP (Bonsucesso).
O governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou a morte do PM e afirmou que a polícia do Rio de Janeiro não vai medir esforços para localizar e prender os responsáveis pela morte.