21ª DP (Bonsucesso)Divulgação

Rio - Sete internos do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), que fugiram da 21ª DP (Bonsucesso) na noite da última quarta-feira (26), continuam desaparecidos. De acordo com a Polícia Civil, eles foram levados para a unidade policial depois de se envolverem em uma confusão na Escola João Luiz Alves (EJLA), na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.
Na ocasião, 15 jovens teriam ateado fogo em espumas de colchões dos alojamentos e, por se tratar de dano ao patrimônio público, eles foram encaminhados para a 21ª DP para prestarem esclarecimentos. Na delegacia, eles ficaram com as mãos algemadas para a frente. Enquanto eles aguardavam para prestar depoimento, sete deles conseguiram pular o muro e fugir.
Procurada pelo DIA nesta sexta-feira (28), a Polícia Civil afirmou que a custódia dos internos estava sob responsabilidade dos agentes do Degase, "conforme termo de declaração por eles assinado". Disse ainda que a Defensoria Pública acompanhava a comunicação da ocorrência. Ao finalizar, ressaltou que policiais seguem em diligências para localizar os adolescentes infratores foragidos.
Na quarta-feira (26), em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, João Rodrigo, o presidente do Sind-Degase, sindicato que representa os agentes, disse que três defensoras públicas que acompanhavam o caso impediram os policiais de levar os 15 jovens envolvidos na confusão algemados com as mãos para trás. Segundo ele, esse é um procedimento padrão de segurança.
"Esse algemamento é feito com as mãos para trás para evitar uma agressão ao agente, uma tentativa de fuga. A mão para trás tem esse cunho de proteção para resguardar um problema maior. Na Vara da Infância e em todos os fóruns existem carceragens para os adolescentes e jovens adultos aguardarem o momento da audiência. Não seria diferente em uma delegacia, que tem que aguardar ser ouvido. É uma coisa que fugiu totalmente ao padrão de segurança tanto do Degase ou da própria delegacia", disse João Rodrigo.