Monique responde a interrogatório durante audiência desta quartaMarcos Porto / Agência O Dia
Caso Henry: Monique cita que foi treinada por advogado de Jairinho para mentir à polícia
Mãe de Henry Borel diz que André França Barreto cobrou inicialmente R$ 300 mil para entrar no caso e que depois iria querer mais R$ 2 milhões
Rio - Durante o depoimento de Monique Medeiros, que está acontecendo no Tribunal de Justiça do Rio desde a manhã desta quarta-feira (9), a mãe do menino Henry Borel afirmou que foi treinada pelo ex-advogado de Dr. Jairinho, André França Barreto, para mentir à polícia sobre a morte da criança.
"Ele [André] queria arquitetar tudo. Eu não entendi o porquê, o Jairinho tinha me dito que ouviu um barulho no quarto, acordou, foi até lá, viu meu filho caído no chão e botou na cama. Qual é o problema disso tudo se tinha sido um acidente doméstico? Eles [André e Jairinho] já estavam vendo com outros olhos, que era uma coisa que eu não enxergava na época", afirmou.
Monique relata também que André cobrou inicialmente R$ 300 mil para entrar no caso e que depois iria querer mais R$ 2 milhões. "Ele me falou que os R$ 2 milhões ele queria limpo, mas que os R$ 300 mil podia ser entregue da forma que fosse, mas em espécie".
A mãe de Henry cita ainda que Jairinho teria transferido os R$ 300 mil para a conta do advogado e que o ex-vereador prometeu colocar a casa dele de Mangaratiba em seu nome, como parte do pagamento.
'Ele fazia uma espécie de ritual', diz Monique Medeiros sobre comportamento de Jairinho
Mais cedo, a mãe de Henry Borel contou detalhes de como era seu relacionamento com o ex-vereador. Em um certo momento, ela cita que o rapaz era extremamente possessivo na cama. "Ele fazia uma espécie de ritual, era sempre a mesma coisa. O Jairinho deitava por cima de mim e me enforcava. Ele mandava eu dizer que ele era o único homem da minha vida e que eu nunca tinha tido nada com outra pessoa", desabafa.
Monique continua dizendo que teve um episódio em que Jairinho arrombou uma porta da casa onde eles moravam após uma discussão. "Numa briga que teve eu me tranquei em um quarto e ele arrombou a porta. O Jairinho não me deixava ficar sozinha. Existia esse tipo de controle. A gente não era cem por cento feliz, nem cem por cento infeliz. Nós fazíamos dar certo".
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