Antônio foi preso nesta quarta após cruzamento de dados da 66ªDPDi'vulgação

Rio - Agentes da 66ª DP (Piabetá), coordenados pelo delegado Ângelo Lages, prenderam nesta quarta-feira, o advogado Antônio Passos Costa de Oliveira, acusado de matar o namorado da ex-mulher em agosto de 2011. O preso trabalhou para a Arquidiocese do Rio durante trinta anos e ganhou notoriedade quando impediu que escolas de sambas utilizassem arte sacra nos desfiles da Sapucaí no carnaval do Rio. Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva, expedido em julho de 2019, pela 4ª Vara Criminal da Capital.

Antônio foi casado por cerca de 15 anos com a ex-mulher, Regina Márcia Siqueira, com quem teve um filho. O delegado diz que agora espera que o acusado seja julgado pelo crime. "A gente percebe pelas investigações que esse casal tinha um relacionamento muito conturbado. Ela chegou a relatar que vivia um clima de absoluta tensão dentro de casa com muitas agressões", disse Lages.
Segundo Regina, seu ex-marido não se conformava com a separação do casal, que aconteceu em 2009, e passou a fazer uma série de ameaças de morte contra ela e seu namorado português, Rolando Manuel Morgado Simões Palma.

No dia 02 de agosto de 2011, quando Regina Marcia saía de casa com o filho e o namorado, que estava de férias no Brasil, Antônio apareceu, sacou uma pistola e atirou contra o português. O homem morreu no local e Regina foi atingida de raspão na cabeça.
O filho de Antônio e Regina, que tinha apenas 13 anos na época, presenciou toda a cena, no interior do veículo da família. Segundo a vítima, durante a relação com o ex, ela teria sofrido outra tentativa de homicídio e diversas agressões e ameaças. Regina registrou duas ocorrências e depois, se retratou a pedido do agressor.
Antônio foi preso em flagrante, logo após o homicídio por agentes da Delegacia de Homicídios da Capital. Ele foi encontrado com as roupas ainda sujas de sangue e com a pistola utilizada no crime. À vítima, 49 anos há época, que era engenheiro e professor, deixou três filhos que residem em Portugal. O criminoso ficou preso preventivamente por seis meses, sendo solto em fevereiro de 2012.
Em julho de 2019 foi novamente decretada a prisão preventiva de Antônio uma vez que, segundo decisão da Justiça, ele não compareceu às duas sessões plenárias marcadas pelo Tribunal do Júri e teria saído do estado sem informar seu paradeiro. Relatos apontavam que ele teria se mudado para Bahia. Antônio foi localizado após um cruzamento de dados e informações colhidas em fontes abertas, realizadas pelo setor de inteligência da 66ª DP.