Secretário municipal de Saúde Daniel Soranz aplica vacina em Fabiane da Cunha, de 9 anos, na Escola Municipal Rodrigo Mello Franco de Andrade, no AndaraíREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA
Covid: Prefeitura avalia que Ômicron está no fim, e considera quarta dose da vacina 'muito provável'
Secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, avalia a possibilidade de nova campanha a partir do segundo semestre. Rio, no entanto, ainda tem 600 mil pessoas que não tomaram a dose de reforço
Rio - A Prefeitura do Rio avalia que a onda da variante Ômicron, que começou no início de janeiro, já está no fim na capital fluminense. O município fechará cinco centros de testagem até sexta-feira (11). Mas preocupados com a possibilidade da chegada de uma nova cepa nos próximos meses, a Secretaria Municipal de Saúde trata como 'muito provável' a aplicação de uma quarta dose da vacina no segundo semestre de 2022.
Um estudo da prefeitura em parceria com a Fiocruz está em andamento e avalia o comportamento da dose de reforço na população. A pesquisa tenta entender qual o limite do período de imunidade e se será necessário um outro ciclo vacinal. Antes disso, porém, há um obstáculo: cerca de 600 mil adultos que poderiam ter tomado a terceira dose ainda não foram aos postos.
"Temos o desafio de ampliar a dose de reforço: nas duas primeiras doses, a proteção é de cerca de quatro meses. Com a dose de reforço é possível alcançar um nível de proteção bastante alto. Ainda assim, é muito provável que a gente faça uma quarta dose um ano depois da terceira. Estamos já nos planejando e e pedindo planejamento do Ministério da Saúde para a compra dessas doses", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, que esteve nesta quinta-feira na Escola Municipal Rodrigo Mello Franco de Andrade, no Andaraí, para dar início à campanha de busca ativa nas escolas por crianças não vacinadas.
A expectativa é de que a quarta dose já tenha na sua composição a blindagem das variantes em circulação. Para Soranz, a imunização é importante para evitar a disseminação de novas cepas. A última a causar uma explosão de casos no Rio foi a Ômicron, que se espalhou principalmente entre o fim de dezembro e o início de janeiro.
Dados do Painel Rio Covid reforçam a tendência de queda: a taxa de positividade, que era de 44% na segunda semana de janeiro, está em 24% - seis centros de testagem estão sendo desmobilizados devido à diminuição na procura por testes.
Já o número de internados, que chegou a 900 em janeiro, está em 326 nesta quinta-feira (10). O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, referência para o tratamento da covid, voltou a disponibilizar 400 leitos exclusivos para covid no início do ano, mas eles já foram revertidos para outras doenças.
"A Ômicron está indo embora e os números caem a cada dia. Mas nossa principal preocupação é o surgimento de uma nova variante com uma parte da população ainda descoberta. Para a Ômicron, essa quarta dose não importa mais. Mas não sabemos como será o comportamento de uma possível nova variante, como será a atuação dela nas crianças. Por isso, a gente insiste: é fundamental a vacinação", ressaltou Soranz.
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