Internações por SRAG tem tendência de altaFoto: reprodução internet

Rio - A Fiocruz divulgou, nesta sexta-feira, uma nova edição do Boletim Infogripe que indica uma auta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças. De acordo com o levantamento feito pela fundação, o Rio apresentou dados laboratoriais em fevereiro que apontam para um aumento dos casos associados ao vírus sinicial respiratório, responsável por casos de bronquiolite e pneumonia em menores de até 5 anos, e também de uma estabilização, após queda, dos casos de covid-19 entre crianças de 5 e 11 anos.
Os resultados sugerem uma tendência de crescimento em curto prazo dos casos graves de síndromes respiratórias em crianças no Estado do Rio. A avaliação contrasta com a queda nos indicadores de adultos vistos no mesmo período de fevereiro.
"No agregado nacional, observa-se cenário de queda em todas as faixas etárias da população, exceto nas crianças de 0-4 a 5-11 anos que apresentam sinal de crescimento acentuado. Dados laboratoriais preliminares sugerem que no grupo de 0 a 4 anos, isso possa estar associado à interrupção da queda nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório", observa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Gomes lembra que neste momento em que as crianças ainda não completaram o ciclo de vacinação contra a Covid-19, o risco para elas é relativamente mais alto, ainda que os casos na população em geral estejam diminuindo. "Em função disso, é importante que os responsáveis levem suas crianças para os postos de vacinação e estejam atentos à data para a segunda dose", disse o coordenador do Infogripe.
De acordo com o coordenador, os dados reforçam a imporância da manutenção dos cuidados básicos da população, como o uso de boas máscaras em ambientes internos como lojas, mercados, salas de aula e transporte público. Também é indicado evitar locais com muita gente. "Isso também vai ajudar a proteger de outros vírus respiratórios que são causa importante de internações em crianças pequenas. A vacinação da população adulta diminuiu radicalmente o risco de casos graves, mas a epidemia ainda está presente", pontua.
Apesar da redução geral, provocada pela boa cobertura de vacinação em adultos, os idosos ainda seguem sendo afetados pelas doenças respiratórias como a covid-19. Os dados de fevereiro apontam para uma retomada das faixas etárias acima de 60 anos entre os grupos com maior incidência de casos graves e óbitos causados por SRAG.