Trem da SuperViaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - A SuperVia anunciou, nesta sexta-feira, o reajuste na tarifa de trens da concessionária para o dia 21 de março. A princípio, o aumento no preço das passagens estava marcado para o dia dois de fevereiro, mas precisou ser adiado após o Governo do Estado ter barrado o reajuste. As passagens dos trens estavam previstas para serem aumentadas para R$ 7. Até o momento, não há informações se o valor previsto será mantido ou não. 
No fim de fevereiro, a Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e a Defensoria Pública encaminharam um ofício ao secretário estadual de Transportes, André Nahaas, cobrando um encontro imediato para discutir o reajuste proposto pela SuperVia. 
"É um absurdo e uma crueldade qualquer tipo de aumento das passagens, não só dos trens da SuperVia, como dos demais modais do transporte público. Nada justifica o aumento, não há melhoria nem na infraestrutura, segurança dentre outros, fora a falta de manutenção e superlotação. Encaminhamos ofício ao Secretário Estadual de Transportes requisitando um encontro imediato onde possamos discutir a suspensão desse aumento", disse o presidente da Comissão, o deputado Dionísio Lins (Progressista).
Homologado em dezembro pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado (Agetransp), o novo valor de tarifa estava previsto para passar a valer em 2 de fevereiro, mas foi adiado para o dia 4 de março. Se ocorrer, o valor da passagem vai saltar de R$ 5 para R$ 7.

A mudança na tarifa teve como base a inflação media pelo índice IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. O reajuste com base na métrica da FGV está previsto no contrato de concessão do serviço de transporte. O reajuste, contudo, não foi aprovado pelo governo.
Segundo a SuperVia, o valor de R$ 7 considera o valor que deveria ter sido cobrado nas passagens a partir de 2021, que compreendia o período de dezembro de 2020 e novembro de 2021. O índice à época foi de 17,89% o que elevaria a tarifa atual de R$ 5 para R$ 5,90. Como esse reajuste foi suspenso pela Agetransp, a concessionária vem cobrando o valor da tarifa de 2020.

A concessionária lembrou ainda da redução no número de passageiros. "Em função da pandemia do coronavírus, desde março de 2020 acumula uma perda financeira de mais de R$ 646 milhões. Atualmente, a concessionária transporta a metade do volume total de clientes em relação ao que era registrado antes da pandemia. Considerando a pandemia e a crise econômica e social do Rio de Janeiro, a recuperação total do fluxo de passageiros está prevista apenas para 2024", projetou.