Força-Tarefa deflagra operação contra fontes de renda da milícia Divulgação/Polícia Civil

Rio - A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira, uma operação contra grupos de milicianos que atuam em bairros da Zona Oeste do Rio e municípios da Baixada Fluminense. Ao todo, 17 pessoas foram presas. Entre os presos está, Paulo Rafael da Silva Vieira, o 'Donque-Donque', de 34 anos, no local conhecido como KM 32, em Seropédica. O miliciano é irmão de Denis Cleberson da Silva Vieira, o 'Sardinha', um dos homens de confiança de Danilo 'Tandera', líder de um grupo paramilitar que atua na Baixada Fluminense e trava uma guerra pelo controle do território de bairros da Zona Oeste do Rio.
Com a prisão do irmão, Paulo Rafael havia assumido sua função atuando como grileiro, negociando terrenos naquela localidade para a narcomilícia que atua na região. 'Donque-Donque' foi preso em flagrante por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM).
Outros dois milicianos, responsável por extorsões a comerciantes, foram presos pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO). A DRCPIM e DRACO prenderam dois homens responsáveis por comercializar produtos falsificados explorados pela milícia.
A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) prendeu outras sete pessoas e interditou estabelecimentos que comercializam botijões de gás e provedores ilegais de internet. A Delegacia do Consumidor (DECON) interditou estabelecimentos comerciais explorados por milicianos e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) interditou uma concreteria da milícia e prendeu três em flagrante.
O objetivo da operação é asfixiar as fontes de renda e interromper comércios e serviços ilegais, que geram grande lucro e são explorados pela organização criminosa. A ação é parte da FT-1000, a Força-Tarefa dos Mil Milicianos Presos.
Entre os crimes investigados estão exploração de atividades ilegais controladas pela milícia, cobranças irregulares de taxas de segurança e de moradia, instalações de centrais clandestinas de TV a cabo e de internet (gatonet/gatointernet), armazenamento e comércio irregular de botijões de gás e água, empresas de GNV ilegais, parcelamento irregular de solo urbano, exploração e construções irregulares, areais e outros crimes ambientais, comercialização de produtos falsificados, contrabando, descaminho, transporte alternativo irregular e estabelecimentos comerciais explorados pela milícia e utilizados para lavagem de dinheiro.

Participaram da ação agentes das delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE): Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO), Delegacia de Polícia Interestadual - Divisão de Capturas (DC-Polinter), Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), Delegacia do Consumidor (DECON), Delegacia Fazendária (DELFAZ), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DESARME), Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), com apoio de informações do Disque Denúncia.