Pais de Marielle Franco fazem reunião com delegado da delegacia homicídios da capital. Nesta quarta-feira (09). Na foto, mãe de Marielle, Marinete da Silva.Fabio Costa
Família de Marielle Franco vai à delegacia para acompanhar investigações do crime
Mãe da vereadora diz que o assassinato ainda não teve mandante elucidado; assassinato completa 4 anos no dia 14
Rio - Familiares da vereadora Marielle Franco, assassinada há quase quatro anos, estiveram na a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), nesta quarta-ferira (9). A mãe e o pai de Marielle, Marinete da Silva e Antonio Francisco da Silva Neto, e Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional, participaram do encontro. Eles questionaram à Polícia Civil o andamento das investigações sobre a morte da parlamentar e do motorista Anderson Gomes.
"As autoridades dizem que quem matou já está preso. A Justiça vai precisar confirmar se essa resposta é a correta, assim como o Tribunal do Júri . As autoridades ainda não responderam quem matou Marielle. A gente continua sem saber o que aconteceu. Nós da sociedade civil temos buscado informação, reiteradamente, desse caso. Temos demandado das autoridades públicas para esclarecer", analisa Jurema.
Já a mãe de Marielle disse que ainda sente muita dor pela morte da filha ela diz, porém, que ainda tem esperanças que se chegue aos mandantes do crime. "É um 14 (de março) que nos traz muitas dores e sentimentos", disse, sobre a data do crime. A família se encontrou nesta terça-feira com o quinto delegado à frente do caso. A mãe da parlamentar considerou positivo o encontro que ocorreu na delegacia.
Os familiares de Marielle e a Anistia Internacional foram recebidos pelos delegados Alexandre Herdy, titular da DH da capital, e Henrique Damasceno, diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP). Por volta das 21h do dia 14 de março de 2018, Marielle Franco, vereadora da cidade do Rio de Janeiro eleita em 2016 com mais de 40 mil votos, foi executada junto de seu motorista, Anderson Gomes. Marielle levou pelo menos quatro tiros na cabeça, e Anderson ao menos três tiros nas costas.
Suspeito de envolvimento nos assassinatos da vereadora e de Anderson Gomes, o policial militar reformado Ronnie Lessa foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por ocultação e destruição de provas do caso. Além de Ronnie Lessa, a mulher e o cunhado do suspeito, Elaine Lessa e Bruno Figueiredo, e outras duas pessoas também foram condenadas. Segundo a Justiça, todos participaram de uma ação, em 13 de março de 2019, para destruir armas que estavam escondidas em um apartamento de Ronnie Lessa no Rio de Janeiro. A operação aconteceu praticamente um ano depois das mortes de Marielle e Anderson.
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