O corpo de Rogério Neris foi enterrado na tarde desta quinta-feira (10) no Cemitério de IrajáCléber Mendes
Motorista de caminhão é agredido durante briga de trânsito e morre após bater a cabeça no meio-fio
Rogério Neris dos Santos foi agredido com um soco no rosto por outro motorista que teve o carro esbarrado no para-choque
Rio-O motorista de caminhão Rogério Neris dos Santos, de 47 anos, morreu depois de uma briga de trânsito no Jardim América, na Zona Norte, na última segunda-feira (7). Segundo a família da vítima, Neris foi agredido com um soco no rosto por um motorista de um carro, caiu e bateu com a cabeça no meio fio. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quarta-feira (9). O corpo de Neris foi enterrado na tarde desta quinta-feira (10,) no Cemitério de Irajá, sob a indignação de amigos e familiares.
De acordo com familiares de Neris, que dirigia um caminhão de frutas, fazia a sua última entrega do dia nesta segunda-feira quando o veículo dele acabou tocando no para-choque de outro carro. O fato ocorreu em um posto de gasolina na Avenida Brasil. Neres tinha deixado o ajudante na empresa onde trabalhava e ido até o posto abastecer a carreta. Conforme testemunhas, que pediram para não serem identificadas, depois de esbarrar no carro, Rogério - que não teria percebido o esbarrão – seguiu com o transporte.
O motorista do carro, que estava prestando serviço no posto, conseguiu ultrapassar Neris. Quando o motorista da carreta desceu para conversar, ele teria sido logo agredido comum soco. Ainda segundo testemunhas, mesmo depois da briga, o agressor teria retornado ao posto para concluir o serviço e teria se gabado: "Acabei de quebrar um".
“O Rogério era uma pessoa do bem. Muito prestativo, não criava confusão com ninguém. Espero que a polícia esclareça o que aconteceu e se faça justiça”, disse Valdoberto França Lima, de 42 anos, que trabalha na mesma empresa onde Neris estava há 3 anos.
Amigo de juventude de Neris, Sandro Moraes, de 46, conta que a vítima era evangélica, era solteiro e tinha uma filha adulta. Cerca de 70 pessoas estavam presentes no enterro. No velório, houve cânticos evangélicos e orações. ”Somos amigos desde quando eu tinha 18 anos. Era muito calmo, estava sempre falando de Deus. Foi morto nas mãos desse delinquente”, lamenta Moraes.
Após o enterro, a família de Neris iria registar o crime na 39ª DP (Pavuna).
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