Cadete do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Gabriel Lourenço, de 24 anosDivulgação

Rio - O cadete do Corpo de Bombeiros Militar do Rio (CBMERJ) Gabriel Lourenço da Silva, de 24 anos, morreu nesta quarta-feira após passar mal durante uma atividade da corporação no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a corporação, o militar passou mal no início de uma caminhada de reconhecimento na última segunda-feira (14). Uma sindicância foi aberta na corporação sobre o caso.
Gabriel recebeu os primeiros socorros ainda no local, foi entubado pela equipe médica e rapidamente encaminhado, com apoio de um helicóptero da corporação, para o CTI do Hospital Central Aristarcho Pessoa (HCAP), no Rio Comprido. "O CBMERJ está de luto. Toda nossa solidariedade aos parentes e amigos do Gabriel. A equipe de psicólogos e assistentes sociais da corporação está dando todo o suporte para a família neste momento de dor", afirmou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Leandro Monteiro.
Segundo amigos do militar, Gabriel não teria se alimentado antes da caminhada por determinação da própria corporação. Em resposta à denúncia, o Corpo de Bombeiros informou que foi oferecido café da manhã aos cadetes na Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro II (ABMDP II), antes da atividade. Para o trajeto, os alunos também teriam sido abastecidos com refeição adequada (ração fria).
"A marcha prevê paradas estratégicas para repouso, alimentação e hidratação dos militares, sob supervisão de instrutores. O suprimento de água é liberado durante a marcha, respeitando as necessidades de cada militar", disse em nota.

Outro militar morto em treinamento
Um soldado recém-formado do Exército Brasileiro também morreu, na madrugada da última sexta-feira (11), após um treinamento no quartel do 1º Batalhão de Polícia do Exército (PE), na Tijuca, Zona Norte do Rio, realizado no dia anterior (10). De acordo com a família, Pedro Henrique Pereira dos Santos, de 18 anos, passou mal durante os exercícios físicos, teve convulsões. Ele foi socorrido para o Hospital Central do Exército (HCE), em Benfica, onde foi intubado, mas acabou não resistindo.
Primo do jovem, Clayton Lourdes, esteve no hospital e disse que ele não tinha nenhum problema de saúde que justificasse a morte. O pai do jovem, o taxista Flávio Roberto dos Santos também enfatizou que a saúde do filho sempre foi boa e que ele não tinha problemas.
"O Pedro nunca teve nada, nada, nada. Ele sempre foi um garoto saudável, quieto, na dele. Quando ele decidiu que queria entrar para o Exército, começou a fazer exercício físico, flexões, malhava. É muito triste tudo isso".