Os 48 trabalhos selecionados vieram de diferentes regiões do Brasil e incluem colagens, desenhos, fotos, ilustrações, poesias e grafismosDivulgação

Rio - O Museu Nacional/UFRJ inaugurou nesta quinta-feira (17), uma exposição dos trabalhos artísticos feitos baseados da pergunta “O que você sonha para o Museu Nacional?”. As obras ficarão em painéis afixados nos tapumes que cercam as obras no Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista.
O questionamento foi formulado a partir da Ação Cultural promovida por uma parceria entre o Museu Nacional e o Goethe-Institut. A ideia foi lançada, no ano passado, durante o aniversário de 203 anos do Museu Nacional/UFRJ e tem por objetivo ouvir o público sobre o que esperam encontrar nas futuras exposições promovidas pela instituição.
A ideia é que a instituição possa se comunicar diretamente com o seu público e entender como poderá inserir pontos importantes nos projetos que vêm sendo elaborados. Além do espaço físico, os 48 trabalhos selecionados podem ser conferidos no site da Ação Cultural. Para Alexander Kellner, diretor do museu, este é um importante momento de diálogo com a sociedade.
“A exposição é fruto da excelente parceria que mantemos com Goethe-Institut e é através dela que conseguimos dialogar com a sociedade e mostrar que estamos trabalhando arduamente para devolver o Museu Nacional à população. Ver os sonhos expressados pelos participantes dessa ação incrível nos garante uma dose extra de energia nesse árduo processo de reconstrução. Para nós do Museu, é o início das comemorações do bicentenário da independência. Existe muito mais ainda por vir nesse ano - aguardem!”, comentou.
Mais de 65 pessoas, de diferentes regiões do Brasil se inscreveram com trabalhos artísticos como colagem, desenho, foto, ilustração, poesia e produção gráfica respondendo às questões apresentadas nos três eixos temáticos das futuras exposições do Museu Nacional/UFRJ. Os painéis com as peças foram pensados a partir das questões propostas: A importância da ciência em nossas vidas; O que nos une e o que nos diferencia socialmente; e Nossa geodiversidade e biodiversidade.
Segundo Robin Mallick, diretor do Goethe-Institut Rio de Janeiro, a Ação Cultural é mais um resultado direto do forte apoio dado, desde 2018, ao Museu Nacional. "O Goethe-Institut vem contribuindo para mobilizar recursos e uma rede de instituições culturais da América do Sul e Europa que apoiam a reconstrução e o desenvolvimento de conceitos que preparem os museus para o futuro em tempos difíceis. Essa grande rede trabalha em muitas frentes. E essa mostra, extremamente relevante, é mais uma delas. Queremos, a partir dessa iniciativa, convidar o público, com suas múltiplas vozes, a participarem do processo de reconstrução", comentou.
A curadoria da exposição é assinada pela equipe de servidores da Seção de Museologia e Assistência ao Ensino do Núcleo de Comunicação e Eventos juntamente com Goethe-Institut. Amanda Cavalcanti, Museóloga do Museu Nacional/UFRJ ressalta que o resultado da Ação Cultural só pode ser alcançado com a inauguração e consequente divulgação.
“Queremos inspirar as pessoas a sonhar com o futuro do Museu Nacional, com a reconstrução do Paço de São Cristóvão, suas exposições renovadas e o restabelecimento de todas as atividades. Fica claro, a partir de uma análise completa dos trabalhos selecionados, o desejo das pessoas por um espaço de promoção da diversidade, do incentivo à aproximação entre a instituição científica e a população e valorização da ciência”, conta.