Alerj aprova relatório final da CPI das Crianças DesaparecidasFoto: Divulgação Alerj / Julia Passos

Rio - O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Crianças Desaparecidas, aprovado nesta quinta-feira, estabeleceu medidas para a descoberta do paradeiro desses jovens. A partir do documento, cartazes vão ser colocados em delegacias sobre o registro imediato do desaparecimento de crianças e adolescentes e as operadoras de telefone poderão disparar alertas do sumiço de jovens.
O documento foi apresentado pelo relator da CPI, o deputado Danniel Librelon (Republicanos)."Recebemos dados da Polícia Civil, do Ministério Público, da Fundação para a Infância e Adolescência (FIA), do Conselho Tutelar, da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, e também ouvimos mães e familiares que fazem parte dessa triste estatística. Conseguimos avançar com o início da aplicação da Lei do Alerta Pri (Lei 9.182/2020), que dispara mensagens comunicando sobre o desaparecimento de crianças. Precisamos de mais delegacias especializadas, e mais políticas públicas em defesa das nossas crianças", destacou.
Presidente da CPI e autor da Lei do Alerta Pri, o deputado Alexandre Knoploch reiterou a importância da medida na busca de crianças e adolescentes desaparecidos. "O convênio celebrado entre a Polícia Civil e as operadoras foi um avanço importante. Acredito que vamos conseguir dar longos passos, inclusive para que o Congresso Nacional possa aprovar uma lei similar e que abranja todo o país. O que há no Rio é um problema social muito grave. Precisamos olhar para as pessoas, para as famílias que estão por trás desses jovens desaparecidos", afirmou o parlamentar.
A deputada Lucinha (PSDB) explicou que o crescimento do trabalho informal no Rio é um fator que agrava o desaparecimento de jovens. Para tentar resolver o problema, a parlamentar sugere investir na apliação do programa escolar integral. "O papel do estado é investir na educação. A pobreza está muito grande, e as famílias colocam as crianças nas ruas para conseguir dinheiro para tentar sobreviver. Se nós tivermos uma educação integral de qualidade, principalmente para as crianças de periferia, da Baixada Fluminense, da Região Metropolitana, da Zona Oeste, vamos conseguir proporcionar oportunidades para que os jovens avancem nos estudos, consigam entrar no mercado de trabalho e não precisem mais procurar oportunidades nas ruas, onde ficam vulneráveis", analisou.