Escola Estadual Rui Barbosa em Petrópolis, na Região Serrana abrigou 60 famílias desabrigadas por consequência das fortes chuvas na cidade no mês passado, voltará a receber alunos de forma presencial a partir de segunda-feira (21/03)Foto: Reprodução / Redes Sociais

Rio - Professores, diretores e servidores do Colégio Estadual Rui Barbosa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, participaram, nesta quinta-feira (17/03), de uma reunião para traçar estratégias com foco no acolhimento aos alunos para a volta às aulas presenciais depois da catástrofe ambiental ocorrida na cidade por conta das fortes chuvas em fevereiro.
De acordo com a Prefeitura de Petrópolis, apesar da tristeza e das consequências ainda visíveis do estado de calamidade vivido, a sensação é de "dever cumprido" no atendimento aos desabrigados. O Colégio Rui Barbosa se tornou o principal ponto de acolhimento e abrigo para cerca de 60 famílias que ficaram desabrigadas na cidade.
Pensando em receber e dar segurança aos estudantes, a direção da escola tomou todas as providências para cumprir os protocolos de prevenção à covid-19, conforme exigem as autoridades sanitárias, reorganizando e sanitizando toda unidade educacional.
A diretora da escola, Patrícia Silveira, se emociona: “Como diretora do Rui há 22 anos pode afirmar que a experiência que tive nesse período que entristeceu todo o Brasil, ficará marcado para sempre... a entrega de todos da equipe, voluntários e colaboradores há preço que pague isso. Foi um turbilhão de emoções. Gratidão! Gratidão!”.
Catástrofe completa um mês
Na última terça-feira (15/03), completou um mês da tragédia que deixou 233 mortos, quatro desaparecidos e 685 desabrigados em Petrópolis. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), este é considerado o maior desastre natural já ocorrido na cidade de Petrópolis desde 1932, quando o instituto começou a fazer medições.
O Inmet informou na época que eram esperados 250 milímetros de chuvas para todo o mês de fevereiro, o que aconteceu em três horas. O acumulado chegou a 258,6 mm e, em apenas 24 horas, aumentou para 259,8 milímetros.
As buscas continuam sendo feitas nos locais mais atingidos por cerca de 60 militares do Corpo de Bombeiros, com equipes espalhadas pela região do do Morro da Oficina, um dos locais mais atingidos. O trabalho segue também ao longo dos rios Piabanha, Palatinato e Quitandinha, onde, segundo os bombeiros, ainda há suspeitas de que possam ser encontradas outros três dos desaparecidos.
Para facilitar as buscas pelas vítimas soterradas, os bombeiros utilizam drones, cães farejadores e escavadeiras para conseguir chegar em locais de mais difícil acesso.