Rio - Entregadores de aplicativos protestaram, na tarde desta sexta-feira, em diversos pontos das Zona Sul e na Zona Norte. A manifestação aconteceu após o iFood anunciar uma mudança de repasse aos motociclistas na taxa de entrega, que passa de R$ 5,31 para R$ 6. Além disso, o valor do quilômetro rodado aumentará em 50%, de R$ 1 para R$ 1,50. Os reajustes passarão a valer no dia 2 de abril. Os trabalhadores reivindicaram melhores condições de trabalho.
De acordo com o Centro de Operações Rio, um grupo de entregadores seguiu em direção ao Leblon, na Zona Sul do Rio. Nas redes sociais, vídeos mostram uma confusão entre motociclistas e policiais militares na rua Lauro Muller, em Botafogo, também na Zona Sul da Cidade. Por conta da manifestação, o trânsito na região ficou intenso.
COR INFORMA | MANIFESTAÇÃO: mais um grupo de motociclistas se desloca em direção à Tijuca, através do Túnel Santa Bárbara. PM e CET-Rio no local. Trânsito lento, com reflexos na Rua Pinheiro Machado.#zonasulpic.twitter.com/BqCJRNF1dS
— Centro de Operações Rio (@OperacoesRio) March 18, 2022
O Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) acompanhou manifestação que teve início na Tijuca e foi para Botafogo. O protesto foi pacífico, com apenas um incidente. "Durante o ato, um entregador por aplicativo foi impedido de trabalhar por participantes da mobilização. Os policiais atuaram para conter as partes. O protesto seguiu em andamento e a movimentação está estabilizada", afirmou a Polícia Militar, em nota.
Ainda segundo o COR, outros entregadores foram em direção à Tijuca, na Zona Norte do Rio, pelo Túnel Santa Bárbara. O trânsito ficou lento na região, com reflexos na Rua Pinheiro Machado. A Polícia Militar e a Companhia Estadual de Trânsito (CET-Rio) foram acionadas para a ocorrência.
Em vídeos que circulam nas redes, é possível ver um grupo de motociclistas buzinando Avenida Gabriela Prado Ribeiro, na Tijuca.
Em nota, a plataforma de delivery iFood afirmou que mantém o diálogo aberto com os entregadores que colaboram com o aplicativo.
"Vale destacar que algumas medidas já adotadas também partiram dessa construção de diálogo com a categoria. Por exemplo, o reajuste (o terceiro em 12 meses) de 50% do valor mínimo do quilômetro rodado (R$1 para R$ 1,50) e da taxa mínima (de R$ 5,31 para R$6), mudanças na comunicação sobre a sinalização de causas de restrição, ativação e desativação da plataforma. Vale mencionar ainda a criação de código de validação da entrega, seguros contra acidentes pessoais, lesão temporária (a única empresa a oferecer essa cobertura). Desde o início da pandemia, o iFood já investiu mais de R$ 160 milhões em iniciativas de apoio aos entregadores", disse.
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