Arquivo O DiaRange Rover do contraventor no estacionamento do heliporto com marcas de tiro

Rio - Uma testemunha de acusação foi presa em flagrante, nesta sexta-feira (18), durante audiência sobre a morte do bicheiro Fernando Iggnácio, que aconteceu em novembro de 2020. De acordo com a juíza Tulla Mello, Paulo Felipe da Silva Botelho, conhecido como "Play", mentiu durante o depoimento. Na ocasião, ele foi preso por falso testemunho.
Paulo teria afirmado ser amigo de Igor Rodrigues Santos da Cruz, o "Farofa", um dos acusados de matar Fernando Iggnácio. O homem também disse conhecer outros dois réus: Pedro Emanuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, o "Pedrinho", e o PM Rodrigo da Silva Neves. O quarto réu, Otto Samuel D'Onofre Andrade Silva Cordeiro, irmão de Pedro, Paulo disse não conhecer.
Além de Paulo, quem está depondo hoje também é: Diego, piloto do helicóptero que trazia Fernando Iggnácio de Angra dos Reis para o Rio. Moysés Santana, delegado que investigou o caso. O policial federal Marcelo de Almeida Pasqualetti; Jorge Alexandre Ferreira da Silva; e Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio, filha do contraventor Castor de Andrade e viúva de Fernando Iggnácio.
Morte em meio a briga por herança
O bicheiro travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel.
O filho de Castor, Paulo Roberto, foi assassinado em 1998, e Rogério de Andrade sofreu diversos atentados nas últimas duas décadas. O mais grave deles foi em 2010, quando uma bomba estourou em seu veículo. O objetivo ela matá-lo, mas era o filho de Rogério, de apenas 17 anos, quem dirigia o carro.