Corpo de Fernando Iggnácio caído entre os carros no estacionamento de heliporto Arquivo O Dia
Justiça ouve testemunhas sobre a morte do contraventor Fernando Iggnácio
Bicheiro foi morto em novembro de 2020 no estacionamento de um heliporto na Zona Oeste
Rio - A Justiça do Rio de Janeiro está ouvindo, nesta sexta-feira (18), cinco testemunhas sobre o assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio, que aconteceu no dia 10 de novembro de 2020 no estacionamento de um heliporto na Zona Oeste. A audiência sobre o caso acontece no Tribunal do Júri e começou às 14h30.
As pessoas que estão depondo são: Diego, piloto do helicóptero que trazia Fernando Iggnácio de Angra dos Reis para o Rio. Moysés Santana, delegado que investigou o caso. O policial federal Marcelo de Almeida Pasqualetti; Paulo Phillipe da Silva Botelho; Jorge Alexandre Ferreira da Silva; e Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio, filha do contraventor Castor de Andrade e viúva de Fernando Iggnácio.
Morte de Iggnácio
O contraventor voltava de uma viagem à Angra dos Reis, na Costa Verde, de helicóptero, e, ao desembarcar, foi atingido por vários tiros na cabeça quando caminhava em direção ao carro, ao lado da empresa Heli-Rio, no dia 10 de novembro de 2020.
Antes de ser morto, Fernando Iggnácio seguiu à risca um hábito adotado sempre que viajava de helicóptero com a esposa Carmem Lúcia de Andrade Iggnácio, filha de Castor de Andrade, morto em 1997. Ele desembarcou sozinho, foi conduzido em um veículo elétrico até o estacionamento e deu os últimos passos até o seu carro após percorrer cerca de 100m, onde foi baleado.
Morte em meio a briga por herança
O bicheiro travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel.
O filho de Castor, Paulo Roberto, foi assassinado em 1998, e Rogério de Andrade sofreu diversos atentados nas últimas duas décadas. O mais grave deles foi em 2010, quando uma bomba estourou em seu veículo. O objetivo ela matá-lo, mas era o filho de Rogério, de apenas 17 anos, quem dirigia o carro.
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