Jovem foi encontrada morta por uma amiga com quem dividia o imóvelReprodução

Rio - A mulher que dividia casa com a designer de moda Thalissa Nunes Dourado, de 27 anos, que foi morta com um saco plástico na cabeça e com as mãos amarradas nas costas, em Paraty, na Costa Verde do Rio, será indiciada pelo crime de homicídio qualificado. O crime ocorreu na madrugada de 5 de novembro do ano passado. Segundo as investigações concluídas pela Polícia Civil, foram analisadas mais de 16 horas de imagens da câmera de segurança instalada na porta da casa, localizada na Rua Guarapuru, no bairro Caboré.

Identificada como Vivian dos Santos Lima Tiburtino, a agente de turismo foi a única que esteve no local. Ela nega envolvimento com o crime. Durante depoimento, ela afirmou que a vítima teria cometido suicídio, mas a hipótese foi descartada pela polícia. 

A agente de turismo também afirmou para a polícia que, no dia do crime, a vítima teria ido a um bar e voltado para casa com sinais de embriaguez, acompanhada por um casal de amigos. Segundo ela, Thalissa subiu para o quarto sozinha um pouco depois. Ao perceber, já de manhã, que a amiga não teria saído para o trabalho, resolveu acordá-la e encontrou Thalissa já sem vida, foi quando resolveu ligar para uma outra amiga, que acionou o Samu e a polícia.


Vivian dos Santos e Thalissa Nunes moravam juntas há quatro meses e, como as imagens mostraram que somente as duas estavam na residência e não havia sinais de arrombamento nas portas ou janelas, Vivian passou a ser a principal suspeita de ter cometido o crime. De acordo com imagens obtidas pela polícia, a morte da designer teria sido entre 4h e 6h, horário em que as duas estariam na residência.

No começo das investigações, realizadas pela 167ª DP (Paraty), Vivian chegou a ter a prisão temporária decretada, a pedido do delegado titular da delegacia Marcelo Haddad, e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), mas a juíza Letícia de Souza Branquinho, da Vara Única de Paraty, negou o pedido. A agente de turismo foi impedida de deixar a cidade, teve seu passaporte recolhido e passou a ter que comparecer quinzenalmente em juízo para justificar as atividades. Além disso, a juíza também pediu acesso ao exame de necropsia. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) mostrou que a designer teve uma morte violenta, provocada por congestão pulmonar através de asfixia mecânica.

A designer de moda era dona do ateliê Alba, em Paraty, onde produzia diversas peças de vestuário. Além disso, ela também trabalhava como professora de línguas na escola de idiomas KNN Idiomas Paraty.