Fábio Tavares da Silva, 42 anos, foi baleado durante uma operação policial na terça-feiraReprodução

Rio - A Polícia Militar decidiu, na tarde desta sexta-feira (25), afastar das ruas, até o término das investigações, os agentes que atiraram e mataram o vigia Fábio Tavares da Silva, de 42 anos. A vítima foi morta enquanto trabalhava num posto de saúde na comunidade da Guacha, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na última terça-feira (22).
Na ocasião, os PMs teriam confundido uma vassoura que Fábio segurava, com uma arma. Em nova versão, a corporação disse que um procedimento apuratório foi aberto pelo comando do 39ºBPM (Belford Roxo) para "averiguar a dinâmica do fato, e que todas as providências administrativas em relação à ocorrência estão sendo adotadas".
No dia do ocorrido, a Polícia Militar afirmou que dois suspeitos ficaram feridos no confronto e com eles foram apreendidos duas pistolas e um radiocomunicador.
Bruna Nascimento, mulher de Fábio, negou que que ele tivesse envolvimento com o crime organizado e que, além do posto de saúde, ele também era zelador em uma escola municipal.
"Foi muito triste o que fizeram com o meu esposo. Tiraram a vida dele sem mais nem menos, sem saber se era trabalhador ou não. Ele estava abrindo o portão na hora de trabalho e os policiais chegaram atirando nele, tirou a vida dele. Sem saber se ele era vagabundo. Como é que pode isso? Tirou ele das minhas filhas, de mim. O que é que vai ser da gente agora?", lamentou.
Nesta sexta-feira (25), a família de Fábio prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), unidade policial que investiga o caso.