Pedro está sendo procuradoDivulgação/Polícia Civil

Rio - A Polícia Civil procura pelo empresário Pedro Santos Ferreira de Oliveira, o Pedrinho da Cerâmica', de 39 anos, apontado como um dos envolvidos no que a 107ª DP (Paraíba do Sul) chama de maior roubo da história da cidade, no Centro-Sul Fluminense. Investigadores divulgaram o nome do suspeito nesta sexta-feira, depois de concluir a última fase da investigação do crime ocorrido em março de 2021.
Na ocasião, criminosos armados e encapuzados mantiveram um empresário refém em sua própria residência e roubaram duas malas com uma quantia milionária de dinheiro. O valor total não foi informado pela polícia.
Na primeira etapa da investigação os agentes descobriram que o crime havia sido executado por uma organização criminosa do estado de Minas Gerais. A prisão desse grupo aconteceu através de uma grande operação batizada de "Esquema Preferido", realizada em junho de 2021. A ação resultou na prisão de oito pessoas e na apreensão de diversos bens comprados com o dinheiro do roubo, como carros importados e jet-skis. Também foram recuperados cerca de R$ 620 mil em espécie.
As investigações continuaram com o objetivo de identificar quem seria a pessoa da região de Paraíba do Sul que teria articulado a vinda dos criminosos de Minas Gerais para praticar o roubo na cidade. Nessa nova apuração, que durou oito meses e teve apoio do Ministério Público e de agentes do 38° BPM (Três Rios), os agentes reuniram indícios que apontaram que Pedro teria feito essa ponte.
Pedro é natural da cidade e frequentava o mesmo meio social da vítima. Ainda na primeira etapa da investigação, a polícia já havia prendido um mecânico que trabalhava em uma loja de peças usadas de caminhão no bairro Ponto Azul, em Três Rios. Ele foi preso suspeito de ser a pessoa que fazia a ligação do grupo criminoso com a região do crime, no entanto, com o desdobramento das apurações, foi verificado que o dono da loja onde o mecânico trabalhava era Pedro, o verdadeiro articulador do crime.
Para a 107ª DP, Pedro manipulou provas para atrapalhar a investigação ao convencer seu funcionário a comparecer na delegacia e assumir a propriedade de um número de telefone em seu lugar. Também verificou-se indícios de que esse mesmo funcionário agia como uma espécie de "laranja" em negócios do empresário, assumindo formalmente a propriedade da loja de peças.
Com a conclusão das investigações, a Justiça decretou a prisão preventiva do empresário, que também tem ligação com uma academia de ginástica em Paraíba do Sul e atuava na construção de um loteamento em outra cidade. Pedro é considerado foragido da Justiça. Quem tiver qualquer informação sobre o seu paradeiro, pode denunciar anonimamente pelo telefone (24) 2263-2341.