Rio - Moradores denunciam que milicianos da Muzema e de Rio das Pedras, na Zona Oeste, cobram uma "taxa" para que catadores de recicláveis trabalhem nas comunidades. Para atuar nos locais, cada um precisa desembolsar até R$ 200 por mês. As informações são do RJ1.
“É revoltante a atuação desses grupos na comunidade, não bastasse cobrar taxa de gás, de água, de luz, e de recarga de celular, e de Riocard, agora eles tão cobrando dos catadores de material reciclado nas lixeiras”, afirmou um morador ao telejornal da Rede Globo.
De acordo com moradores entrevistados pela reportagem, a taxação dos trabalhadores começou em março. “Os caras não têm a mínima condição de se manter, estão desempregados, são pessoas que não têm uma fonte de renda. E eles estão cobrando R$ 200 dos caras. Isso é um absurdo”, pontuou o morador.
Nas comunidades da Zona Oeste, os moradores são obrigados a pagar taxas por outros serviços, como entrega de materiais, a segurança e a energia elétrica. “Como se não bastasse a cobrança de taxa de gás de cozinha, galão de água, energia, monopólio de internet e TV a cabo, somos obrigados a pagar também uma taxa de R$ 1,50 na recarga de Riocard e do celular. Isso é um absurdo”, contou um morador do local.
Ao O DIA, a Polícia Civil destacou o trabalho feito em combate às milícias no Estado. Nos últimos meses, a corporação prendeu 1,2 mil milicianos, incluindo Ecko, Macaquinho e Latrell. "Em relação ao caso citado na demanda, não foram localizados registros de ocorrência sobre a situação específica. A delegacia da área solicita que possíveis vítimas procurem a unidade policial e apresentem mais informações que ajudem a identificar os autores, indicou.
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