Ministério da Saúde incentiva que as mães compareçam a uma unidade básica de saúde entre o terceiro e o quinto dia após o parto para acompanhar a sua saúde e a do bebêDivulgação/ Mauricio Bazilio/ SES
A transmissão vertical do HIV ocorre através da passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, o trabalho de parto, o parto propriamente dito (contato com as secreções cérvico-vaginais e o sangue materno) ou a amamentação. Há, porém, cuidados a serem tomados. O primeiro deles é o pré-natal. A mãe pode buscar os serviços de atenção primária (postos ou clínicas da família) do seu município para realizar as consultas assim que descobre a gravidez. Durante o pré-natal, a testagem para HIV deve ser feita na primeira consulta (preferencialmente no 1º trimestre da gestação), no início do terceiro trimestre e sempre que houver exposição ao risco. Caso o exame comprove a infecção pelo vírus, o tratamento precisa começar imediatamente.
"Quanto mais cedo o vírus for detectado e a terapia antirretroviral começar, melhor. Com o tratamento, é possível reduzir a carga viral da mãe até que ela fique indetectável e, assim, impedir a transmissão do HIV para a criança", alerta Juliana Rebello, gerente de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/AIDS) da SES.
Os cuidados seguem durante e após o parto. Caso a carga viral da mãe não seja controlada, é possível que o obstetra recomende uma cesariana para diminuir o tempo de exposição do bebê ao vírus, além de medicamentos para a mãe no momento do parto e para o bebê, logo após o nascimento. As mães que receberem o diagnóstico de infecção pelo HIV devem realizar o aleitamento dos seus bebês com uma fórmula láctea própria para crianças desta faixa etária. O SUS disponibiliza o produto adequado.
"Aquelas que não testaram positivo no pré-natal, por sua vez, devem continuar a fazer o teste durante a amamentação. No primeiro ano, o teste deve ser feito de seis em seis meses. A partir do segundo ano, o teste pode ser realizado uma vez ao ano. Assim, mãe e criança ficam mais seguras", acrescenta a gerente.
O levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES), que identificou a queda nos casos de Aids, teve como base os números do Sistema de Informações sobre Agravos de Notificação (Sinan), do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV (SISCEL) e do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), atualizados em 18 de março. Os maiores números registrados pela pesquisa foram nas regiões Metropolitana I (7 casos, em 2021) e Metropolitana II (4 casos). O município com o maior número de casos é o Rio de Janeiro, com três registros. As regiões Serrana, Baixada Litorânea e Médio Paraíba não registraram casos da doença em menores de 5 anos.
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