Manifestação dos profissionais da rede municipal na porta da Prefeitura do Rio, nesta quarta-feira (6)Fabio Costa / Agência O Dia

Rio - Servidores da rede municipal de educação se reuniram na tarde desta quarta-feira (6), em frente à sede da Prefeitura, na Cidade Nova, para reivindicar reajuste salarial referente ao período entre março de 2019 e março deste ano. Os profissionais pediram ainda o descongelamento dos triênios e a implementação do Plano de Carreira, Cargos e Salário da Saúde e das categorias não contempladas. Os manifestantes se uniram a servidores, como os garis, da Saúde, da Segurança Pública e Previ-Rio, que também estavam no local. 
"É inadmissível ficarmos sem a recomposição salarial nesse momento onde aumentou o preço do gás, da gasolina, do desemprego... Os servidores estão sendo massacrados com péssimas condições de trabalho e assédio moral constante. Nós somos concursados, não entramos pela janela! Garantimos à população pobre negra o atendimento público, por isso estamos aqui hoje", disse Samantha Guedes, servidora municipal de educação.
De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), que representa os profissionais de educação das escolas públicas do Rio de Janeiro, as atividades da rede municipal estão paralisadas por 24 horas. Os serviços retornam nesta quinta-feira (7).
O ato unificado encerrou por volta das 16h sem que houvesse diálogo com a prefeitura. A comissão formada pelo Sepe não conseguiu audiência com nenhuma autoridade municipal. "Já tentamos ser recebidos em março, mas ninguém nos recebeu, embora o prefeito diga que somos inacessíveis. Vamos fazer uma reunião de avaliação nos próximos dias e continuaremos em busca desse reajuste. Nossas perdas já passam de 22%. Provavelmente o próximo ato será na primeira semana de maio, ainda será definida uma data", disse a diretora do Sepe, professora Maria Eduarda Quiroga.
O Sepe convocou os funcionários administrativos da rede municipal RJ para participarem de plenária on-line nesta sexta-feira (8), às 19h. O objetivo é discutir os graves problemas da categoria.
Procurada, a Prefeitura do Rio não se manifestou sobre sobre o ato.