Rio - A Escola Municipal Tasso da Silveira foi palco, nesta quinta-feira (07), de um ato que homenageou os alunos vítimas do Massacre de Realengo, ocorrido no local em 7 de abril de 2011. O evento, que contou com a presença de integrantes da Secretaria Municipal de Educação e da Ong Anjos de Realengo, promoveu uma conscientização contra o bullying e a violência nas escolas.
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Durante as homenagens, foram soltos 12 balões em formato de estrelas, fazendo alusão aos 12 alunos que foram mortos durante o ataque na escola, que chocou o país e teve repercussão nacional. A ideia era levar uma mensagem de paz aos estudantes. O evento contou com a presença do Padre Omar, na Praça Anjos da Paz, próxima ao colégio.
No encerramento, cerca de 1000 balões de gás na cor verde, simbolizando a esperança por um local de ensino pacifico, foram soltos por participantes do evento e cruzaram o céu.
Na manhã do dia 7 de abril de 2011, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira entrou armado na Escola Municipal Tasso da Silveira, matou 12 estudantes e feriu outros 13 com idades entre 12 e 14 anos. O massacre foi interrompido por uma equipe da Polícia Militar, que foi chamada ao local. O atirador foi ferido em uma troca de tiros com um sargento da polícia e, em seguida, tirou a própria vida.
Em 2015 foram inauguradas, em frente a escola onde o massacre aconteceu, as estátuas das 12 vítimas do atentado. O memorial fica em uma praça e recebeu o nome de Anjos da Paz. As esculturas formaram a reprodução exata de cada uma das crianças. No entanto, uma das vítimas foi representada por uma borboleta, a pedido dos pais.
O encontro desta quinta-feira foi marcado pela lembrança das leis que foram criadas a partir da luta dos pais que perderam seus filhos na tragédia. A Lei nº 13.277, de 2016, instituiu o dia 7 de abril como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. Em 2018, A Lei nº 10.162, acrescentou a expressão “Anjos de Realengo”.
Violência nas escolas
Em 2019, foi publicada a pesquisa ‘Violência escolar e bullying: relatório sobre a situação mundial’, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Ela indicou que o bullying, considerado um tipo de violência, é definido antes como um padrão de comportamento e não um evento isolado, e exerce um impacto negativo na vítima, no agressor e nas testemunhas.
Ainda segundo o relatório, o ato foi definido como “um comportamento indesejado e agressivo entre crianças em idade escolar que envolve um real ou percebido desequilíbrio de poder. O comportamento é repetido ou tem o potencial para ser repetido ao longo do tempo”.
A violência escolar ocorre em todo o mundo e afetam uma proporção significativa de crianças e adolescentes. Estima-se que, todos os anos, 246 milhões de crianças e adolescentes sofrem algum tipo de bullying.
De acordo com a Secretária Municipal de Educação, a maior parte dos dados disponíveis sobre a prevalência da violência escolar provém de pesquisas conduzidas em países industrializados e sugerem que a proporção de crianças e adolescentes afetados pelo comportamento varia de 5% a 21%, sendo as meninas mais propensas a sofrer com esse tipo de comportamento do que os meninos.
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