Luis Claudio de Oliveira foi socorrido ao Hospital Getúlio Vargas após uma perseguição policial que deixou dois mortos na Avenida Brasil, na altura de GuadalupeFábio Costa / Agência O Dia

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando as circunstâncias de uma perseguição policial que terminou com dois suspeitos mortos e um motorista de aplicativo ferido na Zona Norte, na madrugada desta quinta-feira. A família de Luís Cláudio de Oliveira Soares, condutor do veículo usado na ação de criminosos, diz que ele é inocente e estava realizando uma corrida de aplicativo quando foi abordado por bandidos. A empresa 99 confirmou que o motorista é cadastrado na plataforma, mas que não realizava uma corrida pelo app no momento do crime.
Depois que entraram no veículo, os criminosos atiraram contra agentes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE). Até o momento, a polícia não informou se Cláudio está sob custódia no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde foi socorrido após o acidente, e se é considerado suspeito. O estado de saúde do motorista é considerado estável.
Enemilde de Jesus é esposa do motorista e esteve na frente do hospital durante toda a manhã buscando por informações. Ela afirmou que o marido é inocente: "Ele é trabalhador, pegou uma corrida por volta da meia-noite, depois disso eu não sei mais o que pode ter acontecido", disse ao DIA.
Segundo a Polícia Militar, os homens estavam em quatro carros quando passaram por agentes do BPVE e atiraram, iniciando um tiroteio. A perseguição policial começou em Realengo, na Zona Oeste do Rio, e terminou na Avenida Brasil, na altura de Guadalupe, Zona Norte do Rio.
Na troca de tiros, um dos carros, bateu na mureta e acabou pegando fogo. Dois morreram após serem baleados. Um quarto suspeito conseguiu fugir. Os outros três veículos com suspeitos também conseguiram fugir. Os agentes apreenderam um fuzil, três granadas e munições na ação. Uma perícia também foi realizada no local.