A comunidade caiçara da Ponta Negra, em Paraty, vítima de um deslizamento de terra, que atingiu várias casas após fortes chuvas, ainda corre riscoArquivo pessoal

Rio - A comunidade caiçara da Ponta Negra, em Paraty, vítima de um deslizamento de terra que atingiu várias casas após fortes chuvas, ainda continua em risco. Depois do temporal, o curso do rio foi modificado e a população teme novos deslizamentos. Sete pessoas da mesma família morreram no local depois das fortes chuvas no último sábado.
Segundo o presidente da associação de moradores de Ponta Negra, Cauê Villela, a preocupação da comunidade é com as próximas chuvas: "A comunidade ainda continua em risco devido à possibilidade de novos deslizamentos, pedras soltas no cume da montanha e a mudança do rio, que passava pela cachoeira. O leito do rio foi mudado para dentro da comunidade. As próximas chuvas vão trazer todo detrito dos outros dois deslizamentos maiores que atingiram a comunidade", alerta Villela.
Procurada, a Prefeitura de Paraty informou que comprou duas mini escavadeiras que foram transportadas em um helicóptero da Força Aérea Brasileira até a comunidade. Os equipamentos serão utilizados em uma operação para trabalhar na reversão do curso do rio modificado pelas chuvas. A primeira mini escavadeira foi levada nesta sexta-feira (8) e a segunda neste sábado (9). "Esse será o trabalho prioritário na comunidade agora", diz nota da prefeitura. 
Depois de oito dias de buscas, o corpo de Yasmin, de 8 anos, vítima do último deslizamento na localidade, foi encontrado na manhã deste sábado (9) pelo Corpo de Bombeiros. Os trabalhos de busca dos bombeiros, porém, permanecem por três pessoas desaparecidas, em Ilha Grande. Eles atuam com auxílio de cães farejadores, além de aeronaves, drones, retroescavadeiras e embarcações apoiam a operação.