Shayene Nunes Pinto, de 26 anos, morreu em julho do ano passado após procedimento estético com metracil nas nádegasArquivo Pessoal
O DIA teve acesso aos áudios em que a vítima pedia ajuda chorando e falou que nem precisava da quantia toda, apenas de uma parte para ajudar no tratamento. "Eu não quero os R$ 2.500 de volta, pelo menos R$ 1 mil eu preciso. Estou muito mal, não ando sozinha", disse, soluçando. Mariana respondeu para ela ficar tranquila porque estaria sempre ao seu lado. "Pode parar de ficar chorando porque eu não vou abandonar você não", disse. "Estou te dando minha palavra de mulher, não vou te deixar", completou a falsa enfermeira.
Mariana também chegou a falar para a vítima aumentar a dose de dipirona para 1g, em caso de muita dor. Shayene respondeu que já tinha tomado e não houve melhora.
De acordo com o delegado, a partir dessas mensagens houve a certeza de que a falsa enfermeira foi responsável pela morte de Shayene. "Com essa informação chegando a delegacia, identificados que Mariana, presa hoje, seria a autora desse crime, pois a mesma teria feito uma intervenção estética de sessão de metacril nas nádegas da vítima sem ter qualificação para isso. A vítima passou a ter alguns problemas de saúde desde então", explicou. "Nesses áudios, a então responsável além de tentar orientá-la sobre remédios e outras formas para passar a dor, veio ali confirmando que seria a autora disso. Com esses dados, cumprimos mandado de busca e apreensão na casa dela e da filha", finalizou ele.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o PMMA (metacril) é um preenchedor biocompatível bifásico, composto por microesferas suspensas em uma solução de colágeno bovino, carboximetilcelulose ou hidroxietilcelulose e é um preenchedor definitivo, pois não é absorvido pelo corpo, utilizado para sustentação, reposição de volume da face e corporal, e para preenchimento de sulcos. A aplicação deve ser limitada a pequenas quantidades.
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