Por meio de nota oficial, a Polícia Militar informou no início da noite deste domingo (8) que os policiais envolvidos na morte de Rhuan Limão do Nascimento, de 27 anos, estão afastados das ruas. Os agentes, do serviço reservado do 4º BPM (São Cristóvão), não tiveram os nomes nem as patentes reveladas.
“A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foi acionada pelo comando da corporação para o caso e ouviu os policiais militares envolvidos na ocorrência. Um procedimento apuratório interno está instaurado. Os policiais foram afastados do serviço nas ruas. A ocorrência foi encaminhada para a 17ª DP e depois para a Delegacia de Homicídios da Capital. As armas foram recolhidas para perícia”, informa um trecho da nota da PM.
De acordo com testemunhas, Ruan, que tinha atraso mental, foi atingido por um tiro de fuzil nas costas enquanto estava a caminho do barbeiro.
O irmão do jovem, Renan, afirmou durante o velório que os responsáveis foram PMs à paisana que chegaram à comunidade com fuzis em um carro vermelho descaracterizado, que atiraram em Ruan.
"Não teve operação no dia que mataram meu irmão, mas teve ontem pra falar que lá tem isso, tem aquilo [violência]. Foi um negócio muito rápido, acertaram meu irmão pelas costas, logo depois colocaram ele dentro do porta-malas. Foi tão rápido que ninguém conseguiu filmar. A única informação que tínhamos é que um carro vermelho passou e mataram meu irmão. A polícia não deu informação nenhuma, ninguém sabia de nada. A gente que deduziu que ele estaria no Souza Aguiar", disse.
Ruan foi sepultado na tarde deste domingo (8) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, sob forte comoção.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.