Sargento Manoel saiu da delegacia segurando uma bíblia nas mãosMarcos Porto/Agência O DIA

Rio - Um dos responsáveis de ter matado o policial civil Renato Couto, de 41 anos, na última sexta-feira (13), o terceiro sargento da Marinha do Brasil, Manoel Vítor da Silva Soares, de 33 anos, chegou a fazer um curso especial de patrulha naval no Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão, mais conhecido como 'Camaleão'. O objetivo geral do curso, além de preparar oficiais e praças que fazem parte da tripulação dos navios, era ensinar táticas de defesa e neutralização de possíveis inimigos. Na emboscada para capturar o policial, ele foi um dos que seguraram Renato pelo braço, evitando que fugisse. O militar também tem duas passagens na polícia por violência doméstica, em 2020 e 2021.

Na delegacia, Manoel foi o primeiro a confessar o crime e declarou que só havia participado e não sabia o que Bruno ia fazer. Ele também disse que não denunciou antes porque tinha medo do sargento e saiu da delegacia segurando uma bíblia nas mãos.

Os sargentos Manoel Vitor Silva Soares e Bruno Santos de Lima, além do cabo Daris Fidelis Motta serviam no prédio do Comando do 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, Centro do Rio. Eles foram presos no último domingo (15), junto com o pai do sargento Bruno, Lourival Ferreira de Lima. Pai e filho eram donos do ferro-velho. Todos foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

A Marinha do Brasil informou, através de nota, que não tolera tal comportamento e está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação. Um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência foi aberto.