O advogado José Pinto curtia uma vida de luxo Foto: Reprodução da TV Globo

Rio - O advogado José Pinto, um dos integrantes da quadrilha que sequestrou e matou a professora aposentada Sônia Maria da Costa, de 79 anos, já havia sido preso por tráfico internacional de drogas e responde a processos por estelionato, uso de documentos falsos e associação criminosa. José Pinto, inclusive, já havia tentando roubar mais de R$ 800 mil da conta de uma outra idosa. A informação foi revelada pelo RJTV 2ª edição, da TV Globo, na noite de segunda-feira (16).
Em vídeos, o advogado gostava de ostentar a vida boa que levava às custas do dinheiro que ganhava com o crime. Ele aparece ao lado de mulheres, passeando de barco e curtindo o carro conversível que, segundo as investigações da Polícia Civil, custou R$ 200 mil e foi comprado com o roubo do aluguel dos imóveis de dona Sônia.
Quem também está presa é Andrea da Silva Cristina que, segundo as investigações é uma das chefes da quadrilha. Danielle Esteves de Pinho chegou a ser presa, mas conseguiu a revogação da prisão preventiva e está em liberdade. Agora, a polícia está à procura de Diana Regina dos Santos Simões, de 32 anos, a quarta integrante da quadrilha especializada em roubar idosos ricos.
 
Entenda o caso
A professora aposentada Sônia Maria da Costa, de 79 anos, foi vítima de uma quadrilha especializada em roubar idosos ricos. Moradora de Vila Isabel, dona Sônia levava uma vida simples, sem ostentação, mas era dona de mais de 20 imóveis na Zona Norte do Rio, herdeira de uma quinta, em Portugal, e tinha mais de R$ 5 milhões no banco. Enganada pelos golpistas, ficou em cárcere privado por pelo menos três semanas, sendo dopada diariamente até morrer. O crime aconteceu no final de 2020, mas foi revelado pelo "Fantástico", na noite do último domingo (15).

Segundo as investigações, uma inquilina nova começou a se aproximar, ganhar a confiança de dona Sônia e a frequentar a casa da idosa. Era Danielle Esteves de Pinho que, segundo a polícia, era uma das integrantes da quadrilha.
Para ter acesso ao dinheiro da vítima, Danielle e os outros integrantes da quadrilha especializada passaram a dopá-la e assim, conseguiram controlar e executar melhor o plano. Vários saques e transferências já estavam sendo feitos pelo bando. Havia saques de mais de R$ 800 mil nas contas da idosa. Em casa, o cofre que mantinha estava vazio.
De acordo com a polícia, os criminosos tiraram a vítima de casa e a levaram para um apartamento em Copacabana, onde foi dopada até a morte. Segundo os investigadores, a idosa não aguentou tantos remédios que a mantinham dopada e acabou morrendo. Para ocultar o corpo, os criminosos enterraram Sônia com outro nome, no Cemitério do Caju, Zona Norte do Rio. Após exumar o corpo, a polícia confirmou que o corpo enterrado com o nome de Aspásia Gomes era na verdade o de dona Sônia.
Segundo as investigações, Andrea Cristina é uma das chefes da quadrilha. Ela é dona da empresa que recebeu R$ 430 mil da idosa. Andrea já responde a processo por se apropriar de R$ 1 milhão de uma outra idosa do Rio de janeiro, que também se chama Sônia. Danielle Esteves conseguiu na Justiça a revogação da prisão preventiva e está em liberdade. O advogado José Pinto já teria sido preso por tráfico internacional de drogas e responde a processos por estelionato, uso de documentos falsos e associação criminosa. Todos os envolvidos vão responder por extorsão com resultado em morte.