Ana Júlia teve seu corpo enterrado na casa onde morava com JesséReprodução Facebook

Rio - O laudo sobre a morte da professora Ana Júlia Mathias Thurler Alvarenga, de 22 anos, encontrada sem vida nesta quarta-feira (18) na casa onde morava, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, aponta que a jovem faleceu em decorrência de asfixia e hemorragia de um ferimento no rosto causado por ação contundente. Ela foi enterrada no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu, nesta quinta-feira (19). Em entrevista ao DIA, o delegado Willians Batista, da 58ª DP (Posse), informou que não dará mais detalhes sobre a causa da morte "para não prejudicar as investigações".
O engenheiro e marido da vítima, identificado como Jessé de Souza Cunha, de 42 anos, seria o assassino de Ana, segundo investigações da Polícia Civil.
O delegado revelou à reportagem que Jessé tinha um histórico de possessividade em relação à companheira. "Alguns amigos nos relataram, informalmente, que ele não gostava muito que ela saísse, que ele era uma pessoa muito fechada".
Willians ressaltou ainda que o casal teve uma discussão na manhã do dia 16 (segunda-feira), segundo relatou o próprio suspeito na delegacia, e que talvez isso tenha desencadeado uma briga que levou a morte de Ana Júlia. "Ainda é cedo para a gente cravar o motivo", disse o delegado.
Ao ser perguntado se Jessé pode ter tido ajuda de alguém para enterrar a vítima, o titular da 58ª DP disse que por enquanto não trabalha com essa hipótese. "Fomos na casa do casal ontem, temos ainda mais ou menos uma semana para concluir a investigação, não podemos descartar nada".
Por fim, o delegado disse que o criminoso não demonstrou nenhum tipo de arrependimento e que ele nunca teve passagem pela polícia. "Ele entrou meio que num estado de negação e não quis mais falar. Mesmo depois que o corpo foi encontrado ele não se mostrou arrependido".