Exposição do Centenário da IndependênciaJaime Acioli

Rio - O Museu Histórico Nacional (MHN) propõe uma viagem ilustrada pela cidade há um século, com a exposição ‘Rio-1922’, uma deliciosa forma de contar a história da então capital federal e suas transformações. Entre elas, publicações como a Revista da Semana, em cuja capa aparece a República brasileira, saudada pelas irmãs França e Estados Unidos. E ainda: fotografias, itens de numismática, vestuário, peças de toucador e mobiliário de época, propagandas (ou reclames, como eram chamadas) e pinturas.

O MNH é a testemunha de tudo o que correu por esse Rio, já que o museu nasceu há exatamente cem anos. Reunindo cerca de uma centena de itens do seu acervo, a mostra busca dar o tom de como se vivia na cidade e os desafios do período.

No total, o museu tem mais de 300 mil itens em exposição ou reserva técnica, e e nove mil metros quadrados, sendo considerado o mais importante desse segmento no país. Por isso, no último dia 18, Dia Internacional dos Museus, o MHN foi agraciado com a medalha Pedro Ernesto, concedida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Módulos da exposição

“Desmonte do morro do Castelo” – Traz as reformas de modernização e embelezamento da cidade, iniciadas no início do século XX, com o intuito de aproximá-la das capitais europeias – em especial, Paris. Fotos e pinturas mostram o morro do Castelo e fases de seu desmonte. No local, foram construídos os pavilhões da exposição que é o tema do terceiro módulo.

“Efervescência carioca” – O contexto cultural e social do Rio naquele ano, a partir de imagens e itens do cotidiano da cidade.

“Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência” – Evento que aconteceu entre setembro de 1922 e março de 1923, e recebeu milhões de visitantes. O público poderá ver a planta em larga escala da exposição, anúncios publicitários da época, raras imagens em movimento da exposição, além de itens criados especialmente para a ocasião.

“Criação do Museu Histórico Nacional” – Traz objetos e imagens que contam um pouco a história centenária do museu, que inicialmente ocupava apenas duas salas do pavilhão das Grandes Indústrias da exposição internacional.

Exposição Rio-1922
Museu Histórico Nacional
Praça Mal. Âncora, s/n – Centro.
De quarta a sexta, das 10h às 17h; sábado e domingo, das 13h às 17h.
Entrada franca.
Em cartaz até dezembro.
Viagem intergaláctica com o espetáculo ‘Beatles para crianças’

Beatles para crianças. Gabriel Manetti (azul) e Fabio FreireAndreia Machado

Uma mistura de música e teatro para celebrar a trajetória do quarteto de Liverpool. A garotada é convidada a embarcar em um submarino amarelo para se divertir ao som de sucessos que nunca envelhecem. Assistido por mais de 300 mil pessoas em oito anos, o projeto ‘Beatles para crianças’ se despede dos cariocas a bordo de seu submarino amarelo encantado com o espetáculo ‘A misteriosa viagem mágica’. Hoje, às 16h, no Teatro Clara Nunes.

Com texto e direção de Fabio Freire e Gabriel Manetti, o show já começa na entrada da sala, onde o público receberá um passaporte que garante sua participação numa viagem intergaláctica, com paradas nos planetas Vermelho, Azul e Maluco, em buracos negros que precisam ser iluminados com as lanternas dos tripulantes e até nas proximidades de onde mora o terrível Comedor de Sons, um monstro que odeia barulho e faz com que o público tenha que ficar imóvel e em silêncio.

Este é o terceiro espetáculo do projeto, após o sucesso dos anteriores ‘Meu primeiro show de rock" e "A bagunça continua’. Como de costume, “A Misteriosa Viagem Mágica” vai contar com projeções de vídeos alegres e sofisticados, para envolver toda a família e motivar todos a cantarem e dançarem em um espetáculo interativo.

O grupo também vai apresentar à criançada diferentes instrumentos musicais, como merlin, derbaki, viola caipira e muitos outros. Na trilha sonora, estão sucessos como ‘Get back’, ‘Revolution’ e ‘From me to you’.

A banda Beatles para crianças foi criada em 2014 pelos educadores Fabio Freire e Gabriel Manetti que, de uma maneira lúdica, têm proporcionado às famílias um momento único de diversão, deixando claras as bases do projeto: a musicalização, a iniciação ao rock, a língua inglesa e a inquestionável referência do universo dos Beatles e suas canções.

Beatles para crianças - A misteriosa viagem mágica
Hoje, às 16h.
Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 53, loja 370.
Censura livre.
Venda de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/72420/d/132
Olhares de fotógrafas negras da Zona Oeste

Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Dona Jovita preparando almoçoValda Nogueira/Imagens Humanas

A exposição ‘Através do olhar’, em cartaz na Sociedade Fluminense de Fotografia, traz 72 cliques das fotógrafas Aparecida Silva, Fernanda Dias, Thais Alvarenga e Valda Nogueira, com curadoria de Thaís Rocha. Elas revelam, em imagens investidas de beleza e dignidade, as memórias, identidades, tradições e manifestações vivenciadas nos territórios formados por grupos afrodescendentes.
Um dos objetivos da escolha das autoras foi dialogar com mulheres negras que desenvolvem suas experiências nos subúrbios cariocas, buscando conectá-las através de suas trajetórias. O principal elo entre os olhares das autoras é justamente a perspectiva de onde elas anunciam seus trabalhos.
Aparecida Silva e Thais Alvarenga, uma com a técnica pin-hole e a outra com a câmera do celular, produzem uma memória afetiva do lugar onde vivem, registrando a paisagem urbana e os modos como os grupos se apropriam dos seus lugares criando suas próprias formas de sociabilidade e códigos de convivência.
Já as fotógrafas Fernanda Dias e Valda Nogueira documentam os saberes e práticas culturais e religiosas de comunidades tradicionais espalhadas pelo Brasil, como quilombolas, indígenas, catingueiros, pescadores, valorizando a memória e as formas de resistência destes grupos.

Mostra Através do Olhar
Galeria Octávio do Prado – Sociedade Fluminense de Fotografia
Rua Dr. Celestino, 115, Centro, Niterói.
De segunda a sexta, das 10h às 17h30. Sábados, das 9h às 13h.
Entrada franca.
Cinema da era atômica no MAM traz obras de diversos países

Cena de 'O retorno do menino Navajo'Divulgação

Até o dia 29 de maio, a Cinemateca do MAM exibe os filmes do International Uranium Film Festival. Desde 2011, o festival, dedicado a todos os assuntos da energia nuclear, já aconteceu em sete países e dezenas de cidades, incluindo Berlim, Hollywood e Nova York, com mais de 60 mostras internacionais.

Nesta edição, o evento montou um catálogo com 40 “filmes atômicos”, de 21 países, entre documentários e ficções, incluindo filmes de animação e experimental, nacionais e estrangeiros, contando com a presença de Lech Majewski (estrela internacional do cinema polonês), José Herrera e Jaime García da Espanha, Miguel Silveira (Brasil/Estados Unidos) e outros.

Programação de domingo, 22/05

Às 15h - África do Sul: vilarejos tóxicos (Afrique du Sud: Townships Toxiques) de Martin Boudot. França, 2018. 53min. Legendas em português.
Bretanha radioativa (Bretagne Radieuse) de Larbi Benchiha. França, 2019. 52min. Legendas em português.

Às 17h - Na sombra do Tugtupite (In the Shadow of the Tugtupite) de Inuk Jørgensen. Groenlândia, 2020. 7min. Legendas em português.
Urânio amaldiçoado (L’uranium de la Colère) de Martin Boudot. França, 2021. 50min. Legendas em português.
O retorno do menino Navajo (The Return of Navajo Boy – update!) de Jeff Spitz. Estados Unidos, 2000/2011. 71min. Legendas em português.

International Uraniun Film Festival
Cinemateca do MAM
Av. Infante Dom Henrique, 85 - Aterro do Flamengo – Auditório Cosme Alves Netto
De quinta a domingo.
Sessões a partir das 15h.
Ingressos gratuitos em www.mam.rio/ingressos