Unidade do Degase na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de JaneiroDivulgação

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou, nesta segunda-feira (23), o início de mapeamento do sistema de monitoramento das unidades do Degase. A ação, realizada através da Força-Tarefa para a Fiscalização de Unidades de Internação do Departamento Geral de Ações Socioeducativas  e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI-MPRJ), tem por objetivo identificar pontos cegos no sistema de monitoramento de câmeras e evitar possíveis casos de violência. 
De acordo com o MPRJ, serão utilizados equipamentos como scanners a laser, que produzem imagens tridimensionais de ambientes, extremamente detalhadas. Esses dados serão compartilhados com os gestores dessas unidades em busca de melhorias. As primeiras instituições socioeducativas visitadas foram a Professor Antônio Carlos Gomes da Costa (PACGC), e a Escola João Luiz Alves (EJLA), ambas na Ilha do Governador.

"Com a realização destes escaneamentos, queremos realizar o mapeamento completo das unidades socioeducativas do Degase, com identificação de todas as câmeras existentes e de seu campo de visão, verificando todos os pontos cegos de cada unidade e, com isso, apresentar aos gestores a necessidade de melhoria do sistema de monitoramento por vídeo. O escaneamento é mais uma ferramenta tecnológica poderosa, que será utilizada pelo MPRJ no combate à violência institucional nas unidades socioeducativas”, destaca Fernanda Sodré, coordenadora da FT Degase/MPRJ.
O promotor e coordenador da CSI/MPRJ, Eduardo Campos, explica que o sistema permite a promotoria e demais envolvidos terem uma melhor compreensão do interior dos espaços e na visualização de possíveis pontos cegos.

Segundo o MPRJ, as imagens obtidas são um conjunto de milhões de pontos de medição em formato 3D, com os scanners sendo projetados para efetuar a varredura de objetos em uma faixa de distância de 60 centímetros. Na unidade Professor Antônio Carlos Gomes da Costa, foram realizadas cinco diligências para a realização da varredura completa, que resultaram em 266 escaneamentos. Já na Escola João Luiz Alves, o mapeamento ainda é parcial. O local já recebeu sete diligências, sendo efetuados 330 escaneamentos.