Mães estiveram na frente da Câmara dos Vereadores nesta tardeCleber Mendes / Agência O Dia
Mães de desaparecidos se reúnem em frente à Câmara dos Vereadores para cobrar melhorias em investigações
Elas relatam que falta atendimento especializado por parte dos órgãos competentes
Rio - Mães de diversas pessoas desaparecidas no Estado do Rio se reuniram, na tarde desta quinta-feira (26), na frente da Câmara dos Vereadores, no Centro da cidade, para protestar contra o que chamaram de "descaso dos órgãos competentes" pela falta de atendimento especializado. Todas elas estavam com camisetas em homenagem aos filhos. No local, também era possível ver cartazes com as fotos deles.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2019, o Rio ocupava o sexto lugar em números absolutos de registros de casos de pessoas desaparecidas.
Em todo o estado, há apenas uma delegacia que cuida desses tipos de casos, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), localizada na Zona Norte da cidade. O resultado é que, segundo a pesquisa, mais de 55% dos casos registrados em todo o estado não são investigados.
Em uma década, o Brasil registrou cerca de 1 milhão de casos de desaparecimentos, sendo em torno de 50 mil no Rio de Janeiro e dentre eles cerca de 60% dos casos ocorreram na Baixada Fluminense.
Procurada pelo DIA, a Polícia Civil disse que as delegacias de homicídios da Capital, da Baixada Fluminense e de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí contam com setores específicos para investigar ocorrências de desaparecimento e que as delegacias distritais de todo estado também possuem profissionais capacitados para localizar e esclarecer tais casos.
Além disso, a instituição informou que desde setembro de 2014, quando foi criada a DDPA, foram registrados 15.330 desaparecidos, com 12.961 pessoas localizadas. Por fim, ressaltou que os casos deste ano ainda estão em andamento.
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