Representantes da prefeitura, do Ministério Público e empresários de ônibus participaram de reunião na Câmara Municipal Eduardo Barreto/CMRJ

Rio - A Prefeitura do Rio estima que fará um aporte de mais de R$ 300 milhões em subsídios para as concessionárias de ônibus, entre junho e dezembro deste ano. O anúncio sobre o valor da ajuda municipal ocorreu na Câmara Municipal durante reunião, na tarde desta quinta-feira (26), com a prefeitura, o Ministério Público e empresários do setor.
Durante o encontro, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) deu mais detalhes sobre o recente acordo judicial firmado pela Prefeitura para melhoria do sistema de ônibus na cidade. De acordo com o acordo judicial homologado, cabe aos consórcios: renunciar a operação do BRT e à operação da bilhetagem, o envio de todas as transações de bilhetagem feitas no sistema e a colocação de mais linhas de ônibus à disposição da população progressivamente, além da instalação de monitoramento por GPS em todos os veículos. Linhas inoperantes deverão ser regularizadas e os serviços noturnos melhorados.
Segundo a SMTR, a receita dos consórcios agora será composta pela tarifa paga pelo usuário (R$ 4,05) e complementada pelo Poder Executivo de forma que a receita mínima por quilômetro rodado seja de R $7,07. Foi estabelecido que a prefeitura pagará um subsídio de R$ 1,78 por quilômetro rodado para as empresas. O valor leva em conta o preço que a passagem deveria ter hoje, levando em conta a variação nos preços dos insumos ao longo do contrato.
O sistema será fiscalizado por meio de GPS e um relatório quinzenal. Ao fim do ano a fórmula será revista, e serão revisados os dados de passageiros e receita para ajustar o valor do subsídio, o que deverá ocorrer em janeiro de 2023.
A Zona Oeste da cidade deve ser a primeira região em que passageiros vão sentir melhorias no transporte. A secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio, disse que a situação mais crítica hoje é no bairro de Sepetiba.
"Para o passageiro, oque ele vai ver nos próximos meses, é que algumas áreas que estavam completamente abandonadas e desatendidas vão voltar a ter linhas de ônibus. Eles verão ao longo do tempo uma melhora do sistema. Ela é lenta mas vai ser sentida na ponta, principalmente nesses lugares que estavam em situações muito críticas e são a prioridade no plano da prefeitura com as empresas de ônibus", explicou a secretária.
O presidente da Comissão de Transportes e Trânsito da Câmara do Rio, Alexandre Isquierdo, enfatizou que o colegiado vai fiscalizar de perto as contas.
"A gente vai acompanhar esses sete meses. Até porque é um aporte de mais de R$ 300 milhões de subsídios para o transporte dos ônibus, que é necessário. Em São Paulo, paga-se mais de R$ 3 bilhões. Mas o mais importante é que dentro desse cronograma, deste trabalho, é que a população tenha de fato um transporte mais ágil, mais seguro, mais confortável, em que ela saiba que em determinado horário vai ter aquele ônibus", acrescentou o parlamentar.