Parentes de Alice se reúnem para fazer orações para a recuperação da meninaReprodução/TV Globo

Rio - Familiares e amigos da pequena Alice Rocha, de 4 anos, baleada na cabeça na última quarta-feira, se reuniram na porta da Creche Municipal Criança do Futuro, em Curicica, na Zona Oeste, na noite desta quinta-feira (2), por volta das 19h, onde a menina estuda e próximo ao local onde ela foi ferida, para uma vigília.

O grupo fez orações pela recuperação da criança, que está internada há dois dias. Segundo Lucas Soares Medeiros, pai da menina, a pressão craniana estava estabilizada e a criança está estável, apesar de ter o quadro clínico grave.

"Ela esta reagindo bem a primeira cirurgia, não da forma que a gente, família, queria que estivesse. Minha filha vai sobreviver", disse ele.

Nesta sexta-feira (3), Alice Rocha segue internada em estado gravíssimo no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul da cidade. Segundo a direção da unidade, Alice não teve alterações no quadro desde a cirurgia. De acordo com o pai da criança, na tarde desta quinta, a menina ainda estava com bons sinais vitais.

A menina foi atingida na cabeça quando saía da escola, na Rua André Rocha, na Zona Oeste, durante um confronto entre policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) e bandidos que atuam na região. Ainda não há informações de onde partiu o tiro que atingiu Alice.

Em nota, a polícia informou que agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) foram verificar uma denúncia de extorsão no local, quando foram atacados a tiros por criminosos e houve confronto. Um suspeito, identificado como Marcos Aurélio Marques de Almeida, conhecido como "Neguinho do Gás", foi preso. Com ele, uma pistola e um carro roubado foram apreendidos.
Bala segue alojada no corpo de Alice

O fragmento da bala que atingiu a cabeça de Alice Rocha ainda está alojado no corpo dela, de acordo com Lucas, pai da menina. Com as informações, a Polícia Civil espera que seja possível realizar um confronto balístico para identificar a origem do disparo.

A polícia teve acesso a um boletim médico da menina, onde foi apontado, durante o detalhamento da lesão por arma de fogo, que não foi registrada a saída do projétil.

De acordo com a corporação, as armas dos policiais foram apreendidas e serão encaminhadas para exame de perícia. As investigações estão em andamento para elucidar os fatos, identificar e prender todos os envolvidos na ação criminosa.