No primeiro mês deste ano, 547 armas de fogo, sendo 54 fuzis, foram apreendidos pela políciaCleber Mendes/ Agência O Dia

Rio - O policial civil Kléber Carnaval Filho, de 67 anos, baleado em uma tentativa de assalto, no Engenho de Dentro, na Zona Norte, no último sábado (4), apresentou piora em seu quadro de saúde. O agente foi atingido na região do tórax e precisou passar por uma cirurgia para drenar uma hemorragia logo após dar entrada no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Por conta do disparo, o baço da vítima foi afetado e precisou ser retirado.

O policial está intubado desde que saiu da cirurgia, mas segundo a família, é um procedimento padrão pós-operatório. Neste domingo (5), a Secretaria Municipal de Saúde havia informado que o estado de Kléber era estável. Entretanto, segundo o filho da vítima, Eduardo Carnaval, 41, ele precisou ser transferido para uma unidade particular, porque não havia vaga no Centro de Terapia Intensiva (CTI) no hospital municipal.

Ainda segundo Eduardo, o boletim médico do Hospital Ênio Serra, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, para onde o policial foi encaminhado no domingo, atestou a piora no quadro de saúde. "Quando ele deu entrada no hospital, realmente ele estava bem. Só que ele precisou fazer uma cirurgia para drenar a hemorragia, devido ao tiro, e parece que esse tiro afetou vários órgãos dele, inclusive ele teve que retirar o baço. Ele agora está sedado e o boletim médico diz que a situação dele é grave. Porém, ele está estabilizado, com a pressão mantida por medicamentos e está intubado", disse Eduardo.

Investigador da 6ª DP (Cidade Nova), Kléber descarregava compras do carro na porta de casa, por volta das 18h50, quando foi abordado por dois homens à pé. Ele reagiu ao assalto e acabou sendo atingido. A esposa e o genro do agente, que estavam com ele, não ficaram feridos. Os criminosos também foram baleados. Um deles morreu no local e o outro chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ao ouvir os disparos, Eduardo desceu para saber o que havia acontecido e encontrou o pai ferido. 
"Meu pai manteve a calma e no momento em que, possivelmente, o bandido foi para cima, ele não teve outra alternativa, a não ser reagir. Quando eu ouvi os tiros, eu desci imediatamente. A gente colocou ele no carro e levamos ele para o hospital. Está todo mundo bastante abalado, é uma situação muito difícil, ainda mais com esse boletim médico, com essa piora dele. Agora, estamos concentrados em orações para dar tudo certo", declarou o filho.