Caso é investigado pela 21ª DP (Bonsucesso)Divulgação/Polícia Civil

Rio - A 21ª DP (Bonsucesso) investiga se o policial militar David Trancoso Daniel, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Jacaré, atirou no cabo do Exército Williamis Cardoso da Silva, na madrugada desta sexta-feira, durante uma confusão em uma boate no bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio. O militar foi baleado na cabeça e socorrido ao Hospital Pasteur, no Méier. De acordo com o Exército Brasileiro, que acompanha Williamis, "ele encontra-se estável, ainda que em estado grave", e vai passar por cirurgia.
Segundo informações preliminares, o PM teria tentado apartar uma briga no local do evento e fez alguns disparos; um deles atingiu Williamis. David compareceu à 21ª DP nesta manhã para prestar depoimento. O delegado titular, Hilton Alonso, disse que aguarda as imagens das câmeras de segurança da boate para avançar nas investigações.
PM atira em policial do mesmo batalhão em briga de trânsito
Na quarta-feira (15), outra confusão terminou com militar baleado na cabeça por colega do mesmo batalhão, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio. A discussão aconteceu na Avenida do Exército, próximo à Quinta da Boa Vista, por volta das 16h, quando o sargento Jorge Xavier, de 49 anos, que estava numa moto, foi fechado pelo soldado João Paulo Machado da Silva, 46, que dirigia um carro.
De acordo com o depoimento dos próprios PMs envolvidos, Jorge parou próximo ao carro e desceu da moto com a arma em punho, em direção à janela do motorista para iniciar uma discussão. Ao ver a cena, o soldado João Paulo também saca sua arma e atira contra o colega de batalhão. Jorge, então, cai no chão com a arma na mão e tira o capacete. O autor do disparo, na sequência, desce do veículo e vai em direção ao baleado para prestar socorro. Ambos são lotados do 2º BPM (Botafogo). 
O policial ferido foi socorrido ao Hospital Central da Polícia Militar, no bairro do Estácio, onde recebeu atendimento e segue em observação. O estado de saúde dele é estável.
O caso está sendo investigado pela 17ª DP (São Cristóvão) e o PM, autor do disparo, vai responder pelo crime em liberdade. João Paulo disse ter agido em legítima defesa, já que Jorge teria se aproximado dele com arma em punho, versão confirmada posteriormente pela vítima.