Sargento da Polícia Militar, Jorge Xavier, de 49 anos, foi baleado na cabeça em briga de trânsitoDivulgação
PM atira em policial do mesmo batalhão em briga de trânsito na Zona Norte
Ambos são lotados do 2º BPM (Botafogo) e se desentenderam durante uma fechada de trânsito na Avenida do Exército, próximo à Quinta da Boa Vista. Polícia vai investigar o caso
Rio - Uma briga de trânsito terminou com um policial militar baleado na cabeça por um colega do mesmo batalhão, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, na tarde da última quarta-feira (15). Ambos são lotados do 2º BPM (Botafogo). A discussão aconteceu na Avenida do Exército, próximo à Quinta da Boa Vista, por volta das 16h, quando o sargento Jorge Xavier, de 49 anos, que estava numa moto, foi fechado pelo soldado João Paulo Machado da Silva, 46, que dirigia um carro.
De acordo com o depoimento dos próprios PMs envolvidos, Jorge parou próximo ao carro e desceu da moto com a arma em punho, em direção à janela do motorista para iniciar uma discussão. Ao ver a cena, o soldado João Paulo também saca sua arma e atira contra o colega de batalhão. Jorge, então, cai no chão com a arma na mão e tira o capacete. O autor do disparo, na sequência, desce do veículo e vai em direção ao baleado para prestar socorro.
Os dois começam a conversar, quando uma equipe do 4ºBPM (São Cristóvão) chega ao local e encontra os dois policiais, ambos com armas, e um deles atingido por um tiro. O policial ferido foi socorrido ao Hospital Central da Polícia Militar, no bairro do Estácio, onde recebeu atendimento e segue em observação. O estado de saúde dele é estável.
A perícia foi realizada no local, acompanhada pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, através de equipe da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM). O caso foi registrado inicialmente na 19ªDP (Tijuca) e as imagens das câmeras de segurança de um prédio residencial serão solicitadas formalmente pelo delegado que registrou o caso, Gabriel Ferrando, para auxiliar na investigação. Posteriormente, a 17ª DP (São Cristóvão) vai ficar a cargo das investigações. As pistolas dos dois envolvidos foram apreendidas.
Também em depoimento, João Paulo disse ter agido em legítima defesa, já que Jorge teria se aproximado dele com arma em punho, versão confirmada posteriormente pela vítima. Ele foi liberado para responder em liberdade.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.